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Ciesp-Campinas divulga desempenho das indústrias associadas de janeiro a outubro de 2018

Anselmo Riso, José Nunes Filho e José Augusto Ruas, durante coletiva de imprensa na Sede do Ciesp-Campinas | Foto: Notícias de Paulínia

Dados do Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp mostram estabilidades nos indicadores; balança comercial fechou negativo com déficit de US$ 5,4 bilhões; período criou 2.400 postos de trabalho  

O estudo mensal do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional Campinas que avalia o desempenho da indústria de transformação, revela otimismo para o fechamento do ano. Os dados revelam que no acumulado de janeiro a outubro de 2018 houve crescimento e o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI) subiu de 50,8 para 64,9 pontos de outubro para novembro. É o maior nível nos últimos oito anos.

Dados do Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp mostram estabilidade nos indicadores, além do cenário de investimentos, apesar de apresentar sinais positivos, ainda segue incerto. A região ocupa a 2ª colocada entre as 42 regiões do Estado no faturamento conjunto das empresas associadas do Ciesp-Campinas, que é de R$ 37,67 bilhões/ano, e empregam conjuntamente 83,98 mil funcionários. Para mostrar e comentar esses números, a Diretoria Campinas divulgou na semana passada pesquisa sobre criação de empregos com carteira assinada, exportação, importação, investimentos, entre outros números da região.

José Nunes Filho, vice-diretor do Ciesp-Campinas, explica que 2019 deve ser um ano mais positivo para a indústria, principalmente a Paulista. Ele aponta outro fator que pode contribuir são as reformas, que vão garantir maior equilíbrio fiscal ao estado. “Estes ajustes sinalizam que num futuro próximo não vai haver aumento de impostos, fator que penaliza a atividade produtiva. Isso gera expectativa positiva no empresário e tem impacto direto em toda a cadeia, com planejamento e expansão dos negócios, mais investimentos, aumento da produção, das vendas, crescimento, criação de empregos e aumento da renda”, conclui.

José Nunes Filho, vice-diretor do Ciesp-Campinas | Foto: Notícias de Paulínia

Empregos
A Região de Campinas gerou 2.400 mil empregos com carteira assinada de janeiro a outubro de 2018, segundo dados do Ciesp-Campinas. A criação de empregos no período foi lenta, mais gradativa. No ano temos um acumulo de 1,53%. Em outubro de 2018, a variação ficou em 0,15%, o que significou um aumento de aproximadamente 250 postos de trabalho. Já se comparamos os meses de outubro dos anos de 2017 e 2018, temos um cenário pior, pois em outubro de 2017 o resultado foi positivo em 0,42%.

O nível de emprego industrial do Ciesp-Campinas no mês de outubro de 2018 foi influenciado pelas variações positivas de produtos de Metal, exceto máquinas e equipamento (6,13%); equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,63%), produtos têxteis (0,265) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,60%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do indicar total da região.

“No ano, temos um acumulado de 1,53%, representando um aumento de aproximadamente 2.400 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 1,16%, representando aumento de aproximadamente 1.800 postos de trabalho. Destaque para a nossa região, que vinha em baixa e que se recupera com a melhora na renda, e para a indústria, que sofreu com a crise econômica”, diz José Nunes Filho.

Anselmo Riso, diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas | Foto: Notícias de Paulínia

Exportação & importação
A região de Campinas teve uma expansão grande no comércio exterior em 2018, mas registrou um aumento do déficit da balança comercial: as empresas da região exportaram US$ 2,9 bilhões, mas importaram US$ 8,4 bilhões, o que causa um déficit de US$ 5,4 bilhões. A corrente de comércio da região de janeiro a outro de 2018 comprado ao mesmo período do ano passado foi positivo de 6,1%.

O diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, acredita que esse número vai aumentar ainda, mas, pelo comportamento das indústrias no pais e principalmente na nossa região. “Se as empresas estão importando mais e sinal que a economia está crescendo e elas estão produzindo mais”, ressaltou Riso.

Analisando a pauta de exportação dos 19-Ciesp, a categoria de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos, desponta como a mais representativa no acumulo de 2018, expansão de 32,3%, em seguida, produtos químicos orgânicos obteve crescimento de 15,4% e na categoria de máquinas, aparelhos mecânicos e suas partes foi de 12,6%, o terceiro grupo com maior valor exportado no acumulado do ano.

Confiantes em 2019
O Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI) – São Paulo atingiu em novembro 64,9 pontos, comparados aos 50,8 pontos de outubro. Este ano é a 5ª alta consecutiva do indicador, que com o resultado atinge seu maior nível desde junho de 2010. De acordo com o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), os empresários paulistas sinalizam confiança pelo terceiro leitura consecutiva, com pontuação acima de 50 pontos. Outro aspecto importante é que o indicar avançou de 45,4 para 54,2 pontos, seu maior nível desde março deste ano, ao passo que o indicar de expectativas cresceu de 53,6 para 70,2 pontos.

José Augusto Ruas, coordenador Adjunto do Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp | Foto: Notícias de Paulínia

Sondagem industrial
Há 10 anos que o Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp realiza a sondagem industrial das empresas associadas que compõem o Ciesp-Campinas, entre os dados avaliados estão produção, vendas, contratações, estoques, inadimplência, capacidade instalada, custos, lucratividades e investimentos, de janeiro a outubro de 2018, a partir de uma amostra de empresas do setor industrial da região de campinas.

Para José Augusto Ruas, coordenador Adjunto do Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp, “o balanço acumulado do relatório de Sondagem Industrial mostra que a região dos 19-Ciesp continua sofrendo com a queda do nível de atividade econômica e o contexto político incerto. Apesar disso, muitas variáveis passaram a apresentar menor redução e maior estabilidade, indicando uma trajetória de melhora, ainda que de forma lenta, e um ritmo de piora dos indicadores menos intenso do que o observado em 2017”, destaca Ruas.