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Em Paulínia, alunos começam ano letivo sem professores

Pais de alunos e Sindicato acompanham denúncia das monitoras da Rede Municipal de Ensino

A contratação emergencial da Prefeitura de Paulínia para repor professores ainda não surtiu os efeitos desejados pela Secretaria de Educação. O ano letivo já começou e várias salas de aula da Rede Municipal de Ensino estão sem profissionais capacitados para lecionar aos alunos da cidade.

Pais de estudantes ouvidos pelo site Notícias de Paulínia estão preocupados, pois a falta de professores compromete o aprendizado, além de prejudicar o ano letivo dos alunos paulinenses.

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Paulínia visitou diversas escolas durante a semana passada e constatou que monitoras estão em sala de aula assumindo funções que cabem aos professores.

Após as visitas, o sindicato constatou que a situação é muito grave, por dois aspectos: a qualidade da educação, que deve ser provida por profissional devidamente qualificado, preparado e pago para tanto, com responsabilidade pedagógica; e, segundo, por abuso contra profissionais do setor de apoio (monitoras) que possuem outras atribuições e responsabilidades, como dispõe a Lei nº 66/2017.

“Cabe ao monitor ficar com os alunos da rede de ensino quando o professor estiver ausente por atraso até sua chegada ou do professor substituto, para ida ao banheiro ou atendimento agendado e reuniões, por curtos períodos. Os servidores públicos precisam ter condições adequadas de trabalho e definições corretas de suas responsabilidades”, destaca o Sindicato.

A situação é bastante preocupante porque comprova a necessidade de convocação imediata de professores por meio de concurso público e não se utilizar de outros servidores para essa função. O processo seletivo em andamento pela Secretaria de Educação pode até ser uma solução paliativa, mas não resolve concretamente a grave situação.

A população de Paulínia precisa de uma educação de qualidade, com a devida divisão de trabalhos entre professores e monitores. Esperamos que a Prefeitura e a Secretaria de Educação adotem as medidas necessárias para que essa situação se resolva com a urgência que requer.

O site Notícias de Paulínia procurou a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Paulínia para comentar a denúncia, mas até a publicação da matéria não obteve retorno. O espaço fica aberto para manifestação da própria Secretaria de Educação.

 

Governo quer ‘afrouxar’ a contratação em três
áreas fundamentais da administração municipal

O prefeito Dixon Carvalho (PP) protocolou em regime de urgência na Câmara de Paulínia, o Projeto de Lei 1/2018 que ‘afrouxa’ a contratação temporária de profissionais para a área da educação, saúde e segurança pública. O profissional selecionado poderá permanecer por até 2 anos no cargo pretendido, sem a necessidade de concurso público.

O projeto de lei foi protocolado dia 15 de janeiro e consta na pauta da Câmara de Vereadores desta quinta-feira, dia 15 de fevereiro, que será votado, ainda, em primeira discussão.

Na área da educação, a Prefeitura poderá contratar professores para educação infantil, ensino fundamental, ensino especial, médio e instrutores para oficinas pedagógicas e cursos de educação profissional, desde que não existam candidatos aprovados em concurso público e que estejam devidamente habilitados.

A prefeitura, em janeiro, já fez todo o processo de contratação emergencial para a área da educação, inclusive de classificação, só faltando o aval da Câmara de Vereadores para contratar os classificados, definidos pela própria Secretaria de Educação.