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Paulínia não elege nenhuma vereadora

Da esquerda para direita: Fábia Ramalho, Angela Duarte, Siméia Zanon, Simone Moura, Maria Silvia de Arruda Ferro e Sonia Prado de Oliveira

há 55 anos, a Câmara de Paulínia se notabiliza por ser um local marcadamente masculino; durante todos esses anos, apenas 6 mulheres ocuparam o cargo de vereadora na cidade

Paulínia não elegeu nenhuma vereadora nas eleições deste ano e, portanto, não terão nenhuma mulher ocupando vaga na Câmara Municipal a partir de 2021. Desde sua existência, há 55 anos, a Casa se notabiliza por ser um local marcadamente masculino.

Durante todos esses anos, apenas 6 mulheres ocuparam o cargo de vereadora (Sonia Prado de Oliveira, Maria Silvia de Arruda Ferro, Simone Moura, Siméia Zanon, Angela Maria Duarte e Fábia Ramalho).

No total foram 96 mulheres que se candidataram para o cargo de vereadora, a mais bem colocada foi a ex-vereadora Angela Duarte (Podemos), com 852 votos, mas não conseguiu ser eleita. A atual vereadora Fábia Ramalho (Podemos) não conseguiu se reeleger. Na lista de suplentes, apenas 55 aparecem na lista, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nestas eleições, as mulheres representaram 32,43% dos candidatos a vereador. Foram 96 mulheres, de um total de 296 candidatos ao cargo. Os números são muito próximos do mínimo legal estabelecido em lei para candidatas lançadas por partido, de 30%. De forma efetiva, a cota passou a valer após a minirreforma eleitoral de 2009. Antes disso, a lei previa a reserva de 30% das vagas para as mulheres, mas os partidos deixavam essas vagas vazias.

As eleições de 2020 em Paulínia mostram que as medidas para aumentar a representatividade feminina na política da cidade ainda não resultaram em um aumento expressivo de eleitas, já que, mesmo com mais de 30% de candidatas, nenhum dos vereadores que tomarão posse no ano que vem são do sexo feminino. A legislação ainda determina que os recursos do Fundo Eleitoral repassados às candidatas devem seguir a mesma proporção das mulheres lançadas pelo partido.

Na RMC
Das 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), 4 não elegeram nenhuma vereadora nestas eleições (Holambra, Morungaba, Paulínia e Sumaré) e em outras 5 apenas uma mulher foi eleita para o Legislativo (Artur Nogueira, Engenheiro Coelho, Jaguariúna, Nova Odessa e Pedreira). Já as cidades de Santo Antônio de Posse, Cosmópolis e Vinhedo são as que terão a maior representatividade feminina a partir do ano que vem, com mais de 20% de mulheres em relação ao total de eleitos.

No Brasil
Paulínia está entre as mais de 900 cidades do país que não elegeram nenhuma vereadora nas eleições deste ano e, portanto, não terão nenhuma mulher ocupando vaga nas Câmaras Municipais a partir de 2021. Já em outras mais de 1,8 mil cidades, apenas uma mulher foi eleita, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).