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Paulínia perdeu 1.292 postos de trabalho em 2017

Números são do Caged e foram apresentados nesta sexta-feira, dia 26; dezembro foi o pior mês, com 633 desligamentos

Paulínia fechou no vermelho em relação ao número de empregos criados em 2017. De janeiro à dezembro foram fechadas 1.292 vagas no Município. Em 2016 houve 763 desligamentos, aumento 41%. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentados nesta sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho, o resultado acumulado do ano – equivalente aos últimos 12 meses.

De acordo com o Caged, em dezembro o estoque de emprego formal em Paulínia teve retração, com o fechamento de 633 postos de trabalho, um aumento de 388,4% em relação ao estoque do mês anterior. Foram 880 admissões e 1.513 desligamentos no mês. Foi o pior mês de 2017 para o Município, que fechou sete (mar, abr, mai, jun, jul, nov e dez) dos 12 (jan,fev,ago,set,out) meses no vermelho.

“O resultado de dezembro veio dentro das expectativas de mercado, que já esperava um saldo consolidado do ano próximo da estabilidade”, disse o coordenador de Estatísticas do Trabalho do MTb, Mário Magalhães.

Destaques do ano – Conforme o Caged, no ano passado a geração de empregos formais em Paulínia foi liderada pelos Serviços Industrial de Utilidade Pública, com saldo positivo em dezembro de 99 postos de trabalho formais. Resultado bem superior aos de 2016, quando foram registradas perdas de nove vagas, e de 2015, quando foram criados 54 postos. Também houve saldo positivo na Agropecuária, que abriu 4 postos em 2017, revertendo a queda de 2016 (-33 vagas).

Região da RMC

Dentre as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), oito tiveram redução no número de vagas formais, Campinas (-2.379 postos), Paulínia (-1.292 postos), Indaiatuba (-848 postos), Morungaba (-737 postos), Americana (-612), Cosmópolis (-449), Hortolândia (-566) e Vinhedo (-84 postos) tiveram os resultados mais expressivos. A região tem uma população de 3.131.528, conforme censo de 2016.

Em Paulínia dos sete setores pesquisados pelo Caged, apenas dois apresentaram números positivos em dezembro que são: Serviços Industrial de Utilidade Pública (99 postos) e Agropecuária, Extrativismo Vegetal, criação de animais (7 postos).

Os demais apresentaram números negativos que são: Indústria de Transformação         (-328 postos); Serviços (-314 postos); Construção Civil (-73 postos); Comércio         (-23 postos) e Extrativa Mineral (-1 posto). Alguns tiveram quedas bruscas em relação ao ano anterior.

E bom ressaltar que funcionários públicos contratos por meio de concurso público não fazem parte das estatísticas, pois não são registrados via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que daria, em Paulínia, uma boa redução nos números negativos de 2017.

Salário
Já a remuneração média em todo o País fechou 2017 com crescimento. Segundo o Caged, o salário médio de admissão em dezembro de 2017 foi de R$ 1.476,35 e o de demissão, de R$ 1.701,51. Com ajuste pela inflação medida pelo Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC), os ganhos reais foram de R$ 45,41 (+3,17%) para o salário de admissão e R$ 26,29 (-1,52%) para o salário de desligamento, em relação a dezembro de 2016. Já na comparação com novembro de 2017, houve crescimento de R$ 4,99 (+0,34%) no salário de admissão e redução de R$ 25,16 (+1,50%) no salário de desligamento.