Início Notícias Cidades Paulínia registra por dia 1,3 casos de violência doméstica contra à mulher

Paulínia registra por dia 1,3 casos de violência doméstica contra à mulher

Ao centro: o secretário de Segurança Pública, Cícero Brito e o Guarda Civil Diogo
Antônio Ferreira, durante apresentação do aplicativo ” Botão do Pânico”

Paulínia registrou 66 ocorrências de violência doméstica contra a mulher de 1º de janeiro a 21 de fevereiro em 2019. Até agora, uma média de 1,3 casos por dia. Os números foram apresentados pela Secretaria de Segurança Pública Municipal, durante o lançamento do aplicativo “Protetor e Amigo Maria da Penha”. Em 2018 foram mais de 400 registros na cidade.

O objetivo é socorrer mulheres vítimas de violência doméstica e feminicídios. Tal ideia surgiu devido ao número crescente de vítimas na Região Metropolitana de Campinas (RMC).

O programa foi desenvolvido pelo Guarda Civil Diogo Antônio Ferreira, e poderá ser baixado nos celulares das mulheres que possuem medidas protetivas contra agressores. O sistema é semelhante a um “botão do pânico”, e totalmente gratuito. Ferreira com formação em Tecnologia da informação (TI) levou 3 meses para criar e implantar o aplicativo.

O secretário de Segurança Cícero Brito explicou que o sistema poderá ser baixado do site da Prefeitura de Paulínia, no www.paulinia.sp.gov.br. “O aplicativo já foi apresentado ao ministério Público e a divulgação também será feita em delegacias, Conselho da Mulher, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Ordem dos Advogados de Paulínia”, destacou o secretário.

“Estamos preocupados com a integridade física das mulheres de nossa cidade”, disse.  O prefeito Antonio Miguel Ferrari, o Loira, foi até a sede da guarda para conhecer o sistema. “Temos uma importante ferramenta de defesa das mulheres”, afirmou.

Cadastro

As vítimas interessadas deverão fazer um cadastro junto à Guarda Civil. Uma chave será gerada para acessar o aplicativo, que será disponibilizado por meio da página da prefeitura.  A chave poderá ser utilizada em um único aparelho celular. A foto da vítima e agressor poderão ser cadastradas. Além disso, a viatura irá até o local em que a vítima estiver, já que o aplicativo vai utilizar o GPS do celular da mulher em situação de risco.

Com apenas dois cliques, a vítima conseguirá acionar o Controle da Guarda Civil. Imediatamente, soará um alarme, aparecendo na tela os dados do cadastro da mulher, como nome e endereço, para assim ser enviado o devido socorro.

A guarda também criou uma sala específica, na sede da corporação, para atender mulheres em situação de violência. As atendentes também serão mulheres. O objetivo é oferecer um atendimento humanizado que ajude a vítima a amenizar as dificuldades encontradas e a recuperar a autoestima.

Um dos critérios para o cadastro é que a vítima tenha uma medida protetiva. A medida protetiva, para quem desconhece, somente é expedida pelo Poder Judiciário, após registro da agressão em uma Delegacia de Polícia, e a devida representação contra o agressor. O aplicativo “Botão do Pânico” foi apresentado ao Ministério Público (MP), que expressou apoio ao recurso. Para maiores informações ligue para (19) 3844-8924, 3874-3874-5618 ou 3874-5619.