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Paulínia registra primeira morte por febre maculosa

A bactéria Rickettsia rickettsii é encontrado em roedores, capivaras, cavalos, gado, gambás e cachorros, que funcionam como hospedeiros da doença.

Exame revela doença que matou mulher do São José; Secretaria da Saúde esclarece que se trata de um caso isolado e não há risco de epidemia

A febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela, cuja forma imatura é o micuim, causou a morte de uma mulher de 53 anos, moradora do bairro São José. Ela foi contaminada em visita a uma represa na cidade de Cosmópolis. Um exame feito na vítima, pelo Instituto Adolfo Lutz, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, apontou a presença da bactéria causadora da doença.

Em Paulínia, de acordo com Vigilância Epidemiológica, até o momento foram registradas 34 notificações de Febre Maculosa. Do total, a cidade contabiliza 31 casos negativos, 1 aguardando resultado, 2 positivos e um óbito, no segundo caso positivo, o paciente passou por tratamento e passa bem.

O Centro de Vigilância Epidemiológico da Secretaria (CVE) já comunicou a Secretaria Municipal de Saúde de Paulínia sobre o resultado do exame. A partir de agora técnicos do Estado e do município orientarão a população sobre as principais medidas para se evitar a doença.

A Secretaria de Saúde de Paulínia esclarece à população que se trata de um caso isolado e não há risco de epidemia da doença. A febre maculosa é transmitida ao homem pelo carrapato infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse inseto é encontrado em roedores, capivaras, cavalos, gado, gambás e cachorros, que funcionam como hospedeiros da doença.

Evite lugares como…
A médica veterinária responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Paulínia, Iracema Custódia dos Santos Sá, reforça ainda que algumas áreas no município devem ser evitadas devido a possível circulação de capivaras nestes locais. “É o caso da Lagoa Santa Terezinha, das lagoas localizadas no Complexo Brasil 500 e APPs (Áreas de Proteção Permanente). Aproveito para reforçar que, por diversas vezes, instalamos placas de alerta nestes locais e, infelizmente, elas foram retiradas em atos de vandalismo, prejudicando o trabalho de combate à Febre Maculosa. Pedimos, portanto, a colaboração da população para que nos ajudem a manter os avisos intactos”, reforça a veterinária.

Sintomas da doença
Depois que a pessoa é picada pelo carrapato, a doença pode se manifestar entre dois e 14 dias. Sintomas como mal-estar, acompanhado de gripe e febre, manchas avermelhadas nos pulsos, tornozelos, palmas das mãos e nos pés são indícios da doença. A partir daí a doença pode evoluir para um quadro de infecção generalizada, com complicações pulmonares, vasculares, desidratação, choques, coma e morte.

Como evitar a febre maculosa:
Evitar caminhar em áreas infestadas por carrapatos;

Quando estiver em áreas silvestres, utilizar calças compridas com parte inferior por dentro das botas;
Recomenda-se o uso de roupas claras, para facilitar a visualização dos carrapatos;
Não esmagar os carrapatos com as unhas pois com isso pode liberar as bactérias, que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele;
Aparar o gramado o mais rente ao solo, facilitando, assim, a penetração dos raios solares;
Utilizar carrapaticidas durante o banho dos animais domésticos, como cães, cavalos e coelhos;
Se apresentar os sintomas da doença, procure um serviço médico o mais rápido possível.