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Prática de ciclismo aumenta na pandemia em Paulínia

O Notícias de Paulínia ouviu especialista em traumas do esporte, que orienta a maneira correta de ciclistas iniciantes e profissionais a fazer seu treino e evitar lesões e desconfortos 

O ciclismo é um esporte que vem crescendo nos últimos anos e, devido à pandemia do coronavirus, observou-se um aumento significativo da sua prática em Paulínia. Isso deve-se ao fato de que além do ciclismo ser uma atividade extremamente prazerosa e feita ao ar livre, ele alia a possibilidade de ir a lugares diferentes e mais afastados, de ser praticado em família e em ambientes naturais. Por estes motivos ele acaba sendo muito positivo para a saúde física e mental do indivíduo.

Além disso, ele tem servido também como opção de meio de transporte, sendo uma alternativa para evitar aglomerações, ao contrário do que sempre acontece em transportes públicos, como indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar de contribuir para o isolamento, o ciclismo não elimina a necessidade do uso de máscara, principalmente se for praticada em grupos, como medida para diminuir o risco de acometimento pelo COVID-19.

Dito isso, o médico Ortopedista, especialista em Trauma do Esporte e praticante do ciclismo, Samuel Lopes, alerta para aqueles que estão iniciando suas pedaladas agora: “Ao começar uma atividade física, é preciso evoluir gradativamente e no seu ritmo, ao invés de tentar acompanhar o ritmo de outras pessoas mais experientes e regulares no ciclismo. O aumento da intensidade de suas atividades deve ser gradual para evitar que seja gerada uma sobrecarga no seu corpo e para que a prática não deixe de ser prazerosa. Por isso, se tiver algum profissional que possa orientá-lo nos primeiros passos, é sempre melhor”.

Além das máscaras para proteção do coronavirus, outros equipamentos de proteção sempre devem ser utilizados, como o capacete, luvas e roupas próprias para o ciclismo. Eles contribuem para diminuir riscos e também proporcionam mais conforto ao pedalar. E para não causar danos ao corpo, atentar-se à postura correta ao pedalar, bem como os ajustes da bicicleta de acordo com seu usuário. Uma boa iniciativa para realizar esses ajustes é a realização de uma avaliação chamada bike fit, que ajusta a bicicleta ao tipo físico do ciclista.

A prevenção de dores e lesões por sobrecarga

É bem provável que pessoas que já praticam o ciclismo há bastante tempo, já tenham vivido algum momento de dor ou desconforto após pedalar. As regiões mais frequentemente implicadas são a coluna e os joelhos, sendo alguns fatores os mais associados às dores: a má postura na bicicleta, fraquezas musculares ou mesmo excesso de treinamento. Para prevenir essas dores, corrigir a postura é fundamental, além de realizar um treinamento orientado dos grupos musculares que são fundamentais para o pedal, contando com um profissional que te oriente nos seus treinos e possa te ajudar a pedalar melhor”, completa Samuel Lopes.

Se você ainda não experimentou, fique sabendo que por ser tão completo quanto a caminhada, o ciclismo é muito indicado para combater o sedentarismo e possui inúmeros benefícios, dentre eles: fortalecer a musculatura; auxiliar na saúde do coração; reduzir os stress; melhorar a respiração e ajudar no equilíbrio.

Vale lembrar também que a OMS recomenda que toda pessoa pratique 150 minutos de atividade de intensidade leve a moderada por semana para ter benefícios para a saúde em geral.

E para os locais onde não há ciclovias, o Dr. Samuel Lopes deixa algumas dicas para que você não corram alguns riscos:

– Respeitar as leis de trânsito, andando na mão de circulação;
– Atentar-se a distância entre carros;
– Cuidado com as portas ao passar ao lado de carros parados;
– Cuidado redobrado em cruzamentos;- Sinalize com as mãos a sua direção ao fazer mudanças de direção;
– Usar luzes na bicicleta, especialmente para andar à noite;
– Utilizar luz branca na frente e vermelha atrás, de preferência luzes piscantes;
– Respeite as calçadas e deixe-as para os pedestres;
– Pratique a direção defensiva sempre.

E então, vamos pedalar?