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Rhodia/Solvay completa 75 anos de Paulínia

Vista aérea da Unidade Industrial de Paulínia (SP)
Crédito: Biblioteca de fotos Rhodia

Complexo Industrial São Francisco está aberto para receber novas empresas e start ups alinhadas com a química sustentável

A Rhodia, industrial pioneira, adquirida pelo Grupo Solvay em 2011, está completando 75 anos de presença em Paulínia e projeta novos investimentos com o objetivo de tornar o conjunto industrial paulinense o mais completo ‘site verde’ da companhia em todo o mundo.

Para marcar a data, investimentos na ordem de R$ 30 milhões, será destinado à duplicação da capacidade de produção do solvente sustentável Augeo, derivado de fonte renovável, para diversas aplicações em tintas e vernizes, couro, madeira e em produtos para limpeza doméstica e aromatizantes de ambientes.

Aroma Performance (chocolates)
Crédito: Biblioteca de fotos Solvay

Hoje o Grupo Solvay trabalha com uma gama de produtos como: aroma performance (chocolates), plásticos de Engenharia (grânulos de polímeros), essential chemicals (bicarbonato de sódio), poliamida e intermediários (painéis solares), sistemas de Terras Raras (economia de energia, smartphone e novas tecnologias), sílica (escova de dentes e baixo consumo de pneus), entre outros.

Além disso, a empresa iniciou a produção de sílica de alto desempenho (HDS, na sigla em inglês) para aplicação nos chamados pneus verdes, que reduzem o consumo de combustíveis e de emissões de CO2, e está definindo um projeto de bioenergia que envolverá a conversão das caldeiras a gás para biomassa.

De acordo com seu compromisso com a sustentabilidade, o Grupo Solvay mantém há 10 anos em Paulínia uma unidade de abatimento de gás de efeito estufa, cuja operação ininterrupta tem dado uma contribuição relevante para o cumprimento das metas de redução de emissões de carbono do Brasil.

O total de gás de efeito estufa abatido por essa unidade da Solvay é equivalente a se retirar de circulação uma frota de um milhão de veículos por ano.

Centro Pesquisa e Inovação de Paulínia

No Centro de Pesquisas e Inovação, instalado dentro do conjunto, a empresa colocou em operação o Laboratório de Biotecnologia Industrial, que tem como foco exclusivo a pesquisa de novas moléculas obtidas a partir de biomassa e sua transformação em produtos inovadores e sustentáveis.

“São iniciativas e investimentos que mostram a estratégia que estabelecemos para Paulínia: impulsionar o seu crescimento e fazê-lo em sintonia com a química sustentável”, disse José Borges Matias, presidente do Grupo Solvay na América Latina.

QUÍMICA DO FUTURO: NOVA IDENTIDADE
Para marcar a nova fase de atividades em Paulínia, além dos investimentos, a empresa decidiu adotar uma nova identidade para o conjunto químico, que agora passa a se chamar Complexo Industrial São Francisco, nome que remente às suas origens como Fazenda São Francisco.

A nova identidade como Complexo Industrial São Francisco tem duplo objetivo. De um lado, permite comunicar mais claramente ao público externo o que existe em Paulínia.

“Embora seja conhecido como ‘site da Rhodia’, o que temos é um complexo que abriga não apenas as unidades da Solvay, mas as de várias outras empresas ali instaladas. A denominação ‘complexo industrial’ ajuda a identificar melhor quem são essas empresas, as atividades de cada uma e suas responsabilidades”, afirma o presidente do Grupo Solvay na América Latina.

Fermentadores do Laboratório de Biotecnologia Industrial – Unidade Paulínia (SP)
Crédito: Eliana Rodrigues – Biblioteca de fotos Rhodia

NOVOS PARCEIROS
O segundo objetivo da nova identidade é atrair outras empresas para o complexo, particularmente indústrias e startups (empresas em início de atividade) alinhadas com o conceito de química verde.

Hoje, do total da área de 15 milhões de metros quadrados do site, apenas 1 milhão é ocupado pelas unidades industriais da Solvay e das demais empresas. Outros 2 milhões são área de preservação.

“Além de disponibilidade de área, temos uma plataforma de utilidades, manutenção, serviços de laboratório, restaurante, transporte, etc., ou seja, uma importante estrutura de apoio para receber outras companhias”, observa José Matias.

EM PAULÍNIA DESDE 1942
Adquirida em dezembro de 1942 pela Rhodia, a fazenda São Francisco foi utilizada inicialmente como área de plantação de cana-de-açúcar para produção de álcool usado na fábrica química da empresa em Santo André (SP).

Em 1958, teve início a produção de solventes oxigenados a partir do etanol, que foi a primeira unidade industrial de produtos químicos daquele conjunto.

Ao longo das décadas, o conjunto industrial se expandiu com uma dezena de unidades de produção da Solvay (fenol e derivados, solventes oxigenados, sílicas precipitadas, intermediários químicos, intermediários de poliamida), além de ter sido aberto à presença de outras empresas renomadas do setor químico e agroquímico.

Linha do Tempo Rhodia/Paulínia
1942 – Rhodia adquire fazenda para produzir cana-de-açúcar para alcoolquímica em Paulínia (SP)
1956 – Início da implantação da Unidade Química de Paulínia da Rhodia
1958 – Inauguração da unidade de acetato de vinila, primeira atividade industrial da Rhodia em Paulínia
1961 – Lançamento da primeira cooperativa de crédito mútuo (crédito a pessoas físicas) do Estado de São Paulo, a Cooperativa da Rhodia Química
1970 – Implantação da fábrica de fenol e derivados, na Rhodia de Paulínia (SP)
1975 – Rhodia implanta seu Centro de Pesquisas de Paulínia (SP)
1977 – Rhodia começa a produzir silicones no Brasil e amplia as atividades da alcoolquímica com a partida das unidades de ácido acético e acetato de etila
1980 – Partida da unidade de bisfenol epóxi, no complexo industrial da Rhodia em Paulínia
1986 – Implantação da unidade de ácido salicílico na Rhodia de Paulínia
1998 – O nome Rhodia, utilizado apenas no Brasil e na Alemanha, torna-se o nome da empresa mundialmente, reunindo as atividades de química e fibras e polímeros
2003 – Rhodia se associa ao Global Compact (Pacto Global) das Nações Unidas
2004 – Inaugurada grande ampliação da fábrica de fenol e acetona na Rhodia de Paulínia.
2006 – Instalação, no site da Rhodia em Paulínia, do maior projeto da América Latina (e 5º maior do mundo) para abatimento de gás de efeito estufa, de acordo com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, do Protocolo de Kyoto. No mesmo ano, a Rhodia se torna a primeira empresa do setor químico da América Latina a ingressar na CCX – Bolsa de Créditos de Carbono de Chicago (fora dos mecanismos de Kyoto).
2007 – Criação do Instituto Rhodia
2011 – Solvay compra a Rhodia, integrando suas fábricas e negócios à estrutura do Grupo
2015 – Inauguração do Laboratório de Biotecnologia Industrial, em Paulínia, para o desenvolvimento de soluções sustentáveis a partir da biomassa
2016 – Início da produção em Paulínia da sílica precipitada de alto desempenho (HDS, na sigla em inglês) para atender principalmente a expansão da fabricação dos chamados ‘pneus verdes’, que economizam energia (combustível) e ao mesmo tempo reduzem as emissões de carbono na atmosfera.

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