sexta-feira, julho 26, 2024
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2,5 mil alunos ficam sem transporte escolar em Paulínia

Ônibus escolares comuns e adaptados não saíram da garagem da Sancetur na manhã desta terça (20); serviço foi retomado às 11h40

Motoristas e monitores da Sancetur, durante assembleia na garagem da empresa, decidiram paralisar os trabalhos nesta terça (Foto: Izael Almeida/Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário e Anexos de Campinas e Região)

Cerca de 2.500 da Rede Municipal de Ensino de Paulínia ficaram sem ônibus na manhã desta terça-feira (20). Os ônibus da empresa Sancetur ficaram mais de quatro horas sem sair da garagem. Os funcionários reivindicaram regularização nos pagamentos de salários e benefícios. Diariamente oito mil estudantes são transportados pelos 120 ônibus da Sancetur, informou a companhia.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário e Anexos de Campinas e Região, quase 40% do serviço foi afetado na cidade durante a manhã. Os ônibus voltaram a circular às 11h40, após representantes da entidade, empresa e Prefeitura marcarem uma reunião na Administração Municipal sobre os pedidos da categoria para esta tarde.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário e Anexos de Campinas e Região, Izael Almeida explicou que houve uma assembleia na garagem da empresa com motoristas e monitores no início da manhã sobre atrasos frequentes no pagamento de salários e benefícios. Ao todo, 200 funcionários cruzaram os braços.

“O depósito do FGTS atrasa todo mês. O pagamento do ticket refeição  também foi pago atrasado neste mês. A gente quer garantia do prefeito de que não vai atrasar os salários, não tenha redução dos carros e que os benefícios sejam regularizados. Vamos exigir da Prefeitura uma resposta”, afirma Almeida.

Conforme o gerente da área de Campinas da Sancetur, Marco Antonio Souza, não há atraso recorrente nos salários. “Os pagamentos estão em ordem, não há motivo para paralisação. A empresa está cumprindo suas responsabilidades”, diz.

O transporte escolar que fica a cargo da Sancetur, segundo o sindicato, atende alunos do ensino infantil ao médio. Outras duas empresas que também transportam estudantes operaram normalmente nesta terça.

A paralisação atingiu apenas um dos seis lotes do contrato de prestação de serviço, com isso reduziu-se ao mínimo o impacto aos alunos da rede de ensino.

O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura disse que não tem dívidas com a empresa Sancetur e afirmou que “já acionou a empresa para exigir que o problema seja imediatamente solucionado, considerando que todos os pagamentos estão em dia e que o prejuízo causado aos alunos é inadmissível”.

A nota diz, ainda que, a “paralisação da manhã desta terça-feira, dia 20, é resultado de questões de responsabilidade exclusiva da Sancetur junto ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário e Anexos de Campinas e Região. Para a Prefeitura, a empresa alegou que não existem atrasos nos pagamentos dos funcionários”.