A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desinterditou nesta quarta-feira (16/1), a U-200 (Unidade de Destilação Atmosférica) da Refinaria de Paulínia (Replan), a 119 quilômetros de São Paulo, uma das três unidades que foram atingidas pelo acidente ocorrido na refinaria em agosto de 2018, já que a Petrobras atendeu todas as exigências feitas pela Agência. Dessa forma, a refinaria volta a ter sua capacidade plena de processamento. A ANP informa que o processo de investigação pela agência continua.
Como a ANP já havia desinterditado, em novembro de 2018, a U-220A (Unidade de Craqueamento Catalítico), resta agora interditada apenas a U-683 (Unidade de Tratamento de Águas Ácidas), que não interfere na capacidade de processamento da refinaria, uma vez que há outras unidades que suprem essa finalidade.
A Replan, maior refinaria do sistema Petrobras, e com capacidade instalada de 434 mil barris/dia, é responsável por aproximadamente 20% da capacidade de refino de petróleo da Petrobras e por atender cerca de 25% do mercado brasileiro de derivados, principalmente o interior paulista e centro-oeste do país, a Replan apresenta resultados significativos.
O acidente – A ANP interditou a Refinaria de Paulínia, com a finalidade de garantir a segurança operacional das instalações e evitar novos acidentes, diante da possível retomada da operação das unidades da refinaria que não foram afetadas no acidente do dia 20/8/2018.
O acidente ocorrido às 00h51 do dia 20/08 na Replan afetou três unidades: U-683 (Unidade de Tratamento de Água Ácida), U-220A (Unidade de Craqueamento Catalítico) e U-200 (Unidade de Destilação Atmosférica).
O acidente teve início com a explosão do tanque TQ-68301, da U-683, seguido de incêndio do material inflamável contido no tanque, que se espalhou pelas outras duas unidades e em parte da tubovia principal.
O fogo foi completamente extinto por volta das 4 horas da manhã, permanecendo o trabalho de rescaldo e resfriamento até o final da tarde do dia 20.