Audiência promovida pela Comissão de Finanças da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo),em Paulínia, coletou as principais reivindicações a serem incluídas no Orçamento estadual para 2025. Durante o evento, a população local reivindicou mais recursos para a Educação e para a Assistência Social da cidade.
Paulínia está localizada a cerca de 120 quilômetros da Capital, na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O município recebeu a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp para discutir as principais demandas locais e de cidades vizinhas. A audiência foi presidida pelo deputado Dirceu Dalben (Cidadania) e contou com a participação dos deputados Enio Tatto (PT) e Dr. Jorge do Carmo (PT).
Assistência Social
O crescimento populacional e a preocupação com a área social de Paulínia, bem como o apoio às entidades do terceiro setor que atuam na Região de Campinas, foram alguns dos temas de maior repercussão no encontro desta sexta.
“As organizações [sociais] por muitas vezes representam o que o Poder Público não consegue fazer. Estamos nas pontas atendendo toda a população”, disse Rejane Araújo, representante das associações de Campinas.
O pedido por mais recursos para as associações da cidade foi corroborado por Lara Pertille, presidente do coletivo Boca de Sissi de Paulínia, que atua na assistência à comunidade LGBTQIA+ da região. “Pessoas em vulnerabilidade social precisam de atenção. Temos que dar dignidade para essas pessoas e não podemos excluir esses corpos”, afirmou.
“Quando a pessoa está em dificuldade, perde o emprego ou é despejado, é a primeira secretaria que a pessoa vai procurar. A Assistência Social cuida do morador em situação de rua, das APAEs, dos autistas. Mexe com a vida das pessoas e nós temos que colocar mais dinheiro”, disse o deputado Enio Tatto.
Educação
Outro reflexo do aumento populacional da cidade foi destacado nos pedidos feitos para a Educação de Paulínia. Munícipes subiram à tribuna para solicitar a construção de novas escolas e a criação de novas instituições de ensino na região.
Rogério Nobor, que é morador de Paulínia, falou sobre as longas distâncias que estudantes de bairros afastados precisam percorrer para chegar até as escolas municipais. “Temos crianças que ficam quase uma hora dentro dos ônibus escolares e isso também gera um custo absurdo para a cidade”.
Já Sami Goldstein, também residente da cidade, abordou a capacitação técnica dos jovens de Paulínia e fez o pedido para a criação de novas unidades da Etec e da Fatec no município. “Não temos incentivos que atraiam empresas e não temos perspectivas para que nossos jovens se qualifiquem e criem aqui”, afirmou.
“Paulínia tem emprego, mas muito pouco para o povo que mora aqui, porque falta trazer a essas pessoas a oportunidade de se qualificar. Precisamos ter cursos aqui”, completou o deputado Dirceu Dalben.
O Orçamento
Entre os meses de março, abril e maio, os integrantes da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp viajarão 25 cidades de diferentes regiões do Estado para consultar, direto com os cidadãos, quais são as principais demandas dos municípios paulistas.
Todo o trabalho produzido durante esses encontros será incorporado à Lei Orçamentária Anual (LOA). Esse documento prevê a arrecadação estadual e fixa as despesas do ano seguinte. Dessa forma, é o instrumento pelo qual são previstos e planejados os investimentos em diversas áreas, como Saúde, Educação, Segurança Pública, entre outras.
Texto: Assessoria de Imprensa da Alesp.