Em meio à agitação da greve dos petroleiros na Refinaria de Paulínia (Replan), um casal de quero-quero e filhotes chamou a atenção no sentido contrário da rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332). Quem parou para olhar de forma mais atenta viu que no acostamento da rodovia, próximo à passarela estava uma família de quero-quero. Os pais estavam acompanhados de dois pequenos filhotes, que se não fosse pelo local protegido são difíceis de ver, já que se camuflam muito bem na grama.
Descrição física – O quero-quero é uma ave (vanellus chilensis) da família charadriidae, mede 37 cm e pesa 277 gramas. Possui um esporão pontudo, ósseo, com um centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo.
Habitat e Distribuição – Vive em banhados e pastagens é visto em estradas, frequentemente longe d’água. Ocorre na América Central até a Terra do Fogo e em todo o Brasil.
Hábitos – Adota às vezes tática de pescar semelhante à de certas garças, espantando larvas de insetos e peixinhos ocultos na lama mexendo rapidamente o pé.
Dieta – Alimenta-se de larvas de insetos, peixinhos ocultos na lama, insetos, pequenos crustáceos, moluscos e outros artrópodes que encontra na terra.
Reprodução – Na primavera, a fêmea põe normalmente de 3 a 4 ovos. Os ninhos são construídos em uma cavidade esgravatada no solo, os ovos têm formato de pião ou pera, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são costumam ser espantados do ninho e fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo. Os filhotes são nidífugos, ou seja, são capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após saírem do ovo.
Manifestações sonoras – Emitem um som dia e noite que se parecem com um “tero-tero”.
Curiosidades – É muito estimado pelos fazendeiros, pois é uma espécie de “vigia” das fazendas, funcionando como um guardião nos lugares onde habita, alertando para qualquer alteração na sua área e denunciando possíveis intrusos.