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Cidades da região registram 138 animais vítimas de atropelamento de janeiro a setembro deste ano

De janeiro a setembro de 2023, a Associação Mata Ciliar recebeu 138 animais vítimas de atropelamento. A implantação de estradas e rodovias, sem ao menos pensar na biodiversidade local, está retardando a restauração ecológica em áreas prioritárias.

Aves, mamíferos e répteis, que se encontram ameaçadas de extinção são os que mais sofrem. Sem políticas públicas voltadas para a preservação da fauna nas estradas, o número de atropelamentos cresce diariamente.

O caso mais recente ocorreu no dia 17, quando um Sauá foi resgatado na cidade de Bragança Paulista após ter sido atropelado. O estado do animal era muito crítico e, infelizmente, precisou ser eutanasiado.

“No exame de raio-x, vimos uma fratura na coluna torácica e não apresentava reflexo de dor profunda ou superficial, portanto, não seria viável uma cirurgia. Seu prognóstico era muito ruim, ele não conseguia movimentar nenhum dos dois membros pélvicos (traseiros) e só se movimentava se arrastando. Então, optamos pela eutanásia”, explica Paula Campanholi, médica veterinária da Mata Ciliar.

Os sauás, também conhecidos como ‘guigós’, são uma espécie de primatas endêmicos da Mata Atlântico e estão ameaçados de extinção. Quanto mais invadimos seus habitats, com menos opções eles ficam, sendo obrigados a atravessarem estradas e rodovias em busca de alimentos, água, abrigos e outras atividades naturais, ou seja, para continuarem sobrevivendo nessa triste realidade.

MATA CILIAR
A Associação Mata Ciliar (AMC) é uma entidade sem fins lucrativos declarada de Utilidade Pública Federal e que desde 1987 desenvolve diversas ações para a conservação da biodiversidade.
Durante esse período foram diversos desafios enfrentados e conquistas alcançadas sempre em parceria com instituições privadas, poder público e com a sociedade.