segunda-feira, março 10, 2025
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CIESP destaca desempenho da indústria e defende ações para ampliar crescimento do PIB

Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) | Crédito: Roncon & Graça

O PIB cresceu 3,4% em 2024, segundo anúncio do IBGE em 7 de março. A indústria avançou 3,3% no ano passado, registrando o segundo melhor resultado setorial, atrás apenas do setor de serviços. Fatores como equilíbrio das políticas monetária e fiscal e a redução dos juros são prioritários para que a economia cresça com mais vigor em 2025.

Para Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), “os números mostram que a revitalização da manufatura é fundamental para a geração de empregos, o aumento da renda das famílias, a expansão da economia e o desenvolvimento nacional”, frisou.

O desempenho foi positivo, mas é preciso atenção ao recorte dos dados referentes ao quarto trimestre, quando o aumento do PIB nacional foi menor do que nos três anteriores. “Nossa atividade, por exemplo, teve alta de apenas 0,3% no período, no qual normalmente se observa um aquecimento”, ponderou Cervone.

O presidente do Ciesp alertou para a necessidade de equacionar de modo eficaz a questão do déficit público, uma medida determinante para a queda da Selic. Segundo ele, o equilíbrio entre as políticas fiscal e monetária é essencial para o vigor da economia. “Essa é uma prioridade em 2025”, afirmou, argumentando que “nenhum país consegue alcançar níveis elevados de crescimento sustentado pagando uma das mais altas taxas de juros reais do mundo”.

Também é preciso continuar fomentando a agenda da neoindustrialização, com programas como a Nova Indústria Brasil (NIB) e a depreciação acelerada, além de buscar avanços em 2025 na redução do Custo Brasil. “Em um cenário global permeado por conflitos e fortemente impactado pelas novas medidas protecionistas dos Estados Unidos, nosso país tem boas oportunidades de ampliar as exportações, conquistar novos mercados e impulsionar a economia. Mas precisamos fazer a nossa parte para solucionar os crônicos problemas que limitam nosso crescimento”, enfatizou.