Atual prefeito Dixon Carvalho (PP) teve o mandato cassado pela TRE-SP dia 15 de agosto, mas aguardava no cargo o julgamento de embargos pelo tribunal, que por unanimidade foram rejeitados pelos desembargadores, dia 17 de outubro; Dixon já está recorrendo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília
A Câmara de Vereadores de Paulínia, a 120 quilômetros de São Paulo, aguarda notificação oficial do Juiz Eleitoral, Carlos Eduardo Mendes que dará posse ao presidente do Legislativo da cidade, Du Cazellato (PSDB), para assumir o cargo de prefeito do Município. A posse pode acontecer a qualquer momento.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) publicou segunda-feira, dia 22, o acórdão da cassação dos mandatos do prefeito de Paulínia, Dixon de Carvalho (PP), e do vice-prefeito Sandro Caprino (PRB) por irregularidades nas contas eleitorais de 2016.
No entanto, o Executivo informou que os advogados de Dixon e Caprino já estão tomando as medidas necessárias para seu retorno. Eles estão recorrendo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília.
Cassados duas vezes
Em 2016, a Coligação “União por Paulínia”, do ex-prefeito José Pavan Junior (PSDB) e o Partido Democrático Trabalhista, o PDT de Paulínia denunciaram a chapa de Dixon por inconsistências na prestação de contas eleitorais.
O que chamou a atenção foi o fato de Dixon ter investido R$ 681,5 mil na própria campanha – 83,9% do total de valores utilizados, só que patrimônio declarado pelo candidato era de R$ 591,5 mil.
Para o Ministério Público, houve fraude na prestação de contas, envolvendo a compra de um imóvel adquirido do pai no valor de R$ 1 milhão.
O valor declarado à Receita Federal e à Justiça Eleitoral, no entanto, foi de R$ 56,3 mil. Para o MP, a venda do imóvel existiu “apenas formalmente”.