Orientações ajudam familiares, cuidadores e profissionais de saúde que lidam diretamente com o grupo neste período
Ser uma pessoa com deficiência não significa, por si só, que ela apresente maior vulnerabilidade à COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Há, entre essas pessoas, um grupo de risco que compreende as que apresentam sequelas graves, principalmente com restrições respiratórias, dificuldades na comunicação e cuidados pessoais, aquelas com condições autoimunes, as idosas (acima de 60 anos), as que apresentam doenças associadas como diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rim, doenças neurológicas e aquelas em tratamento de câncer.
Cuidados especiais
Pessoas com deficiência com quadro neurológico e idosos podem apresentar sintomas específicos associados à infecção pelo coronavírus tais como: piora brusca no quadro geral de saúde, perda de memória e/ou confusão mental, perda de mobilidade e força, fadiga repentina. Nesses casos, é recomendável procurar o serviço de saúde mais próximo do local de residência.
Quanto às pessoas com deficiência do grupo de risco em uso de medicamentos, não se deve interromper o uso regular dos remédios, a não ser por ordem médica. O uso de medicamentos imunossupressores pode elevar o risco de a pessoa com deficiência contrair a infecção. Nesses indivíduos, as medidas de prevenção devem ser redobradas. O Governo de São Paulo conta com hotsite que apresenta uma parte especial para esse público, por meio do link https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/pessoacomdeficiencia/.
“É importante levar em conta que pessoas com deficiência fazem parte do grupo de risco. Pessoas que são autistas também estão incluídas. Qualquer cidadão dentro de casa fica irritado quando a residência está fechada. Imagine, então, quem tem autismo”, reforça Célia Leão, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Instruções
Para o grupo de risco, algumas medidas como o distanciamento social e isolamento pessoal podem ser impossíveis para quem requer apoio para comer, vestir-se e tomar banho. Nesses casos, alguns cuidados e medidas devem ser reforçados, tais como:
– Higienização frequente das mãos com água e sabonete (durante 30 segundos) ou álcool gel a 70%;
– Seguir a “etiqueta respiratória” quando possível:
* Cobrir a boca e nariz com um lenço de papel quando tossir ou espirrar e descartar o lenço usado no lixo;
* Caso não tenha disponível lenço descartável, tossir ou espirrar no antebraço e não em suas mãos, que são importantes veículos de contaminação;
* Higienizar as mãos com frequência e sempre após tossir ou espirrar;
* Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos;
* Usar máscara cirúrgica se estiver com coriza ou tosse.
– Restrição de contato social (exceto cuidadores e profissionais de saúde, quando necessário);
– Evitar aglomerações e viagens;
– Evitar atividades em grupo;
– Atenção redobrada aos cuidados com a higiene pessoal (em especial às pessoas com deficiência intelectual e motora com alto grau de dependência)
– Com relação à higienização de cadeiras de rodas, bengalas, andadores e outros meios de locomoção, promover a limpeza com água e sabão ou álcool líquido a 70% uma vez ao dia e sempre após deslocamento externo.
“Todos esses cuidados são importantes. Vale reforçar que o vírus só passará a entrar nas nossas casas se nós, ao voltarmos da rua, não tomarmos as precauções adequadas”, salienta Helena Sato, infectologista e integrante do Centro de Contingência do Coronavírus do estado de São Paulo.
Cuidadores e profissionais de saúde
Se os profissionais da área apresentarem sintomas de gripe, deve-se evitar o contato com a pessoa com deficiência e utilizar equipamento de proteção individual (EPI) para proteção de gotículas e contato durante o atendimento a pacientes com sintomas respiratórios.
Com informações do Governo do Estado de São Paulo