Início Destaques 98º Corrida Internacional de São Silvestre encerra calendário esportivo brasileiro de 2023

98º Corrida Internacional de São Silvestre encerra calendário esportivo brasileiro de 2023

Premiação da 97ª Corrida Internacional de São Silvestre | Crédito /foto: Divulgação/Prefeitura da cidade de São Paulo

Em sua 98º edição, evento é realizado pela Fundação Cásper Líbero com o apoio da Prefeitura de São Paulo

Corrida de rua mais tradicional do Brasil, a São Silvestre encerra o calendário esportivo brasileiro recebendo grandes atletas do cenário nacional e internacional na manhã do dia 31 de dezembro. Em sua 98º edição, o evento é realizado pela Fundação Cásper Líbero com o apoio da Prefeitura de São Paulo.

Entre os 35 mil participantes (12.811 mulheres e 21.553 homens) ao longo dos 15 quilômetros do percurso da corrida serão distribuídos cerca de 500 mil copos plásticos.

Criada em 1925 pelo jornalista Cásper Líbero, a São Silvestre carrega quase 100 anos de história e se tornou uma querida tradição e atração de atletas amadores e profissionais do mundo inteiro.

História
A origem da aclamada corrida começou após uma viagem à França, Cásper Líbero conheceu uma corrida realizada à noite e com o uso de tochas. Empolgado com o esporte, o jornalista resolveu trazer ao Brasil uma corrida de rua semelhante à que havia conhecido no país europeu.

E assim começava a primeira edição da São Silvestre. No total, 60 competidores inscreveram-se, mas somente 48 pessoas participaram do percurso. O trajeto era de oito quilômetros, e a largada foi dada em plena noite de Réveillon, em 31 de dezembro de 1924, nas ruas de São Paulo, marcando a virada do ano.

Os 48 participantes não recebiam nenhum tipo de dieta especial e não podiam beber água durante a prova, o que prejudicava bastante o seu rendimento, além de ocasionar lesões devido também à falta de roupas e calçados adequados.

O primeiro campeão da Corrida São Silvestre foi Alfredo Gomes, além de ser o primeiro vencedor também foi o primeiro negro do país a representar o Barsil nos Jogos Olímpicos de 1924.

Mudanças
A corrida já teve vários percursos e distâncias diferentes. No passado, a repercussão da São Silvestre era comparável com o impacto que a queima de fogos em Copacabana tem na noite de Réveillon, mas entre as mais variadas mudanças a que a prova foi submetida, em 1989, os organizadores definiram que a competição seria disputada durante o dia.

Além desta importante mudança, em 1975 com a declaração da ONU sobre aquele ser o Ano Internacional da Mulher, a São Silvestre adicionou a modalidade feminina na competição. Homens e mulheres corriam juntos até 1989, onde a prova passou a ser separada por sexo.

Mas foi somente em 1991, quando a corrida passou a ter 15 km, que a Associação Internacional das Federações de Atletismo incluiu a São Silvestre no calendário internacional de provas de rua. Logo depois, ampliando o público da competição, foi criado a versão infanto-juvenil da competição com o nome de “São Silvestrinha”.

Trajeto
Muitas pessoas pensam que a São Silvestre é uma maratona, mas na verdade como a prova possui apenas 15 km a corrida não entra nessa classificação. Mas isso não significa que seja uma prova simples, seu trajeto conta com diversas subidas, mudanças de direção e muita gente.

O percurso da São Silvestre começa e termina na Avenida Paulista, um dos principais pontos turísticos da cidade de São Paulo, com a largada nas proximidades da Alameda Ministro Rocha Azevedo e a chegada em frente ao prédio da Gazeta Esportiva.

Em seus 15 km pelo centro de São Paulo, o participante enfrenta lugares que testam sua preparação física. O primeiro desafio é a descida do Pacaembu, logo depois vem a subida da Avenida Rudge.

Depois de passar pela Avenida Rudge, o próximo lugar de grande destaque da prova é o Centro Histórico da cidade de São Paulo, o participante irá passar por diversos pontos turísticos até chegar a parte final da corrida. Quando se aproxima do final a temida subida, já que é longa e íngreme, da Brigadeiro aparece.



Principais vencedores

Apenas em 1945 passou a ser aceito atletas da América do Sul, com isso o interesse pela corrida foi aumentando e permitindo a participação de corredores de qualquer nacionalidade. Após a inclusão de estrangeiros na prova, o Brasil ficou 34 anos sem conquistar o pódio até José João da Silva, pernambucano, ter obtido a vitória em 1980.

Com isso, na categoria masculina, o Brasil é o país que lidera o ranking de títulos da São Silvestre, com 29 campeões. Em segundo lugar, está o Quênia, com 14 vencedores. Já na categoria feminina, o Quênia domina o ranking com 12 conquistas. O vice-líder é Portugal, com sete vitórias.

Em vitórias individuais, a portuguesa Rosa Mota é recordista de títulos, foi hexacampeã consecutiva de 1981 a 1986. O queniano Paul Tergat domina as conquistas da prova masculina. Ele foi o mais veloz em cinco edições da São Silvestre (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000).

O maior campeão brasileiro é o atleta Marilson Gomes dos Santos, que venceu a São Silvestre três vezes (2003, 2005 e 2010) e foi o último brasileiro a ser vencedor da prova.

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