sexta-feira, novembro 22, 2024
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Em Paulínia, Polícia Federal cumpre busca em residência de suspeito de chefiar contrabandistas de cigarros

Ele é investigado por participar de esquema milionário de contrabando de cigarros, que envolve inclusive agentes públicos

Policiais federais cumpriram nesta quinta-feira (4/11) mandado de busca e apreensão e sequestro de bens, em condomínio de luxo, na cidade de Paulínia, a 119 quilômetros de São Paulo.  O mandado foi expedido pela Justiça Federal de Naviraí/MS, em desfavor de um dos líderes da organização criminosa (ORCRIM) voltada ao contrabando de cigarros e corrupção de agentes públicos, desmantelada nas Operações Nepsis e Teçá, denominada “Máfia do Cigarro”.

O líder da ORCRIM foi preso no último dia 22/10 pela Polícia Militar em Paulínia, tendo apresentado documento falso em nome de terceiros no momento da abordagem. Como se encontrava foragido da Justiça Federal de Naviraí/MS e de Ponta Porã/MS, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva em face do investigado.

O investigado é réu em várias ações penais federais, por conta de integrar grande organização criminosa dedicada ao contrabando de cigarros paraguaios em larga escala. Ele também foi investigado na Operação Marco 334, deflagrada em 2011, e permanecido foragido desde então.

A organização criminosa por ele liderada, juntamente com outros três homens já presos preventivamente em presídios federais, movimentou milhares de carretas de cigarros para dentro do território nacional, em um milionário negócio criminoso, que contava com o auxílio de policiais corrompidos de diversas forças.

Trata-se de mais uma ação da Polícia Federal, com o aval da Justiça Federal e Ministério Público Federal, no sentido de buscar desestruturar financeira e logisticamente as organizações criminosas do contrabando, atuantes na fronteira, não diminuindo o ritmo dos trabalhos, nem mesmo em tempos de pandemia de COVID 19.

Operação Nepsis, deflagrada em 22/9/2018
Segundo a mitologia grega, Nepsis significa vigilância interior, estado mental de atenção plena. A operação foi assim batizada em alusão à vigilância necessária para se combater as sofisticadas atividades criminosas ligadas ao contrabando e à vigilância em relação à própria atividade de fiscalização estatal para conter a corrupção de servidores públicos.