Eles abordaram as ações conjuntas adotadas em São Paulo entre órgãos da União e do Estado para fortalecer a prevenção à influenza aviária de alta patogenicidade. O Brasil não tem registro de casos da doença, também chamada de gripe aviária. Recentemente, foram confirmados focos em aves silvestres e domésticas em países próximos, como Argentina, Bolívia, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Chile e Equador. No Peru e na Argentina houve registro da doença em criações comerciais de aves de produção.
Paulo abordou dados sobre a doença e Regina explicou sobre biosseguridade das granjas. Anteriormente, o veterinário da CDA já havia feito palestra a produtores de frango de corte da mesma empresa. Na quarta, dia 8, Paulo participou de um ciclo de palestras sobre zoonoses promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP), em que falou sobre as ações que o Estado vem tomando em relação à influenza aviária. O evento foi on-line.
“Estamos aproveitando todas as oportunidades de contato que surgem para transmitir o recado”, afirmou Regina. No dia 16 pela manhã, ela fará a palestra “Necessidade da vigilância e notificação para epidemiologia de Newcastle e Influenza Aviária” no 20º Congresso de Produção de Ovos e Comercialização de Ovos em Ribeirão Preto.
Segundo ela, São Paulo tem entre 280 e 300 empresas apenas no ramo da reprodução aviária e elas se encontram geograficamente espalhadas pelo Estado. Já as granjas de postura comercial de ovos ficam mais concentradas nas regiões de Bastos e Guatapará. A produção de frango de corte ocorre em polos como Botucatu, Itapetininga e na região central do Estado. O sistema de videoconferência deve ser adotado para facilitar o acesso a esses públicos.
Protocolo
Em caso de suspeita da doença, qualquer cidadão pode fazer a notificação no sistema e-Sisbravet ou procurar a unidade da CDA mais próxima pessoalmente ou por telefone. O técnico fará uma análise inicial em até 12 horas. Caso a suspeita seja procedente, será colhida amostra para envio aos laboratórios oficiais do Mapa.
Também está em vigor desde 2022 o plano de vigilância da influenza aviária, que consiste em busca ativa em galinhas, codornas, patos, marrecos e outras aves. Amostras já foram coletadas em granjas comerciais e neste começo de ano o foco são aves de subsistência em áreas de risco, como rotas de aves migratórias.