Em Paulínia, a greve dos caminheiros avança pelo 4º dia consecutivo, sem previsão de ser suspensa. Hoje pela manhã (24), o site Notícias de Paulínia esteve na Rodovia Professor Zeferino Vaz, a SP-332, e registrou a paralisação de carretas e caminhões que estavam estacionados no acostamento da rodovia e ruas adjacentes.
Na semana passada, diversos sindicatos e associações de caminhoneiros se reuniram e deram para o governo prazo até dia 20 para acatarem ou pelo menos abrirem negociações sobre os pedidos. Como nada foi resolvido, as paralisações de caminhoneiros começaram nesta semana. Nesta quinta-feira, 24, a greve de caminhoneiros continua.
Do Km 129 (Sul), sentindo Campinas, vários trechos contam com até três filas de caminhões, carretas e caminhões baú, a maioria que abastecem na Refinaria de Paulínia, a Replan, ou distribuidoras do entorno.
Já no Km 129, sentido Cosmópolis, os caminhoneiros estacionaram no acostamento e o trânsito, sentido Cosmópolis (Norte), flui normalmente. A manifestação ocorre há 1 quilometro da portaria da Refinaria de Paulínia.
A Polícia Militar Rodoviária acompanha a paralisação, inclusive tem um posto a poucos metros da praça de pedágio, sentido Cosmópolis, no Km 132+300 da SP-332.
A Avenida Sidnei Cardon de Oliveira (marginal) também conta com trechos de até três filas, mas o acesso está livre na manhã desta quinta-feira. Em dias normais a movimentação de caminhões é intensa, mas os caminhoneiros não estão carregando. Ela abriga dez distribuidoras, duas transportadoras e a Sede Associação Nacional dos Caminhoneiros.
O fluxo de carro de passeio é normal, principalmente dos moradores da Região do João Aranha que usam a rodovia para evitar o congestionamento da Avenida José Paulino, que corta toda a região central de Paulínia.
Impostos superam 40% do valor final do preço
Há discussões no governo sobre a possibilidade de redução da cobrança de tributos sobre os combustíveis. Existem situações em que a composição de impostos supera 40% do valor final do preço. Eliseu Padilha disse que o governo estuda uma forma de tornar os preços dos combustíveis mais “previsíveis”.
25% do mercado de derivados
A Refinaria de Paulínia, a Replan, a maior refinaria do sistema Petrobras, é responsável por aproximadamente 20% da capacidade de refino de petróleo da Petrobras e por atender cerca de 25% do mercado brasileiro de derivados, principalmente o interior paulista e centro-oeste do país. Ela responde por 25% do diesel e 22% da gasolina produzidos no país.