Fundado pela fotógrafa e empresária Camila Lima, o projeto nasceu durante a pandemia e tem como objetivo oferecer dignidade menstrual
O Instituto Social Flor é um projeto que oferece as mulheres dignidade menstrual de forma digna, saudável e livre de discriminação. Ele nasceu durante a pandemia em 2021, no estacionamento de um supermercado, quando a fundadora do Instituto, Camila Lima, empresária e fotógrafa, foi abordada por uma mulher em situação de rua, que lhe pediu um absorvente. Aquilo a despertou para o assunto, e começou a se questionar como um item tão básico para ela era inacessível para outras.
Desde então, começou a trabalhar formas de ajudar mulheres que enfrentavam esse desafio, e criou o Projeto Flor. A instituição ficou como Projeto até maio de 2023, momento em que foi constituído um estatuto e criado um CNPJ, e se tornou oficialmente o Instituto Social Flor.
Hoje o Instituto trabalha com a entrega de kits de higiene, conscientização sobre o estigma relacionado à menstruação por meio de palestras, bem como, promoção de capacitação econômica que ajudam as mulheres a gerarem renda, palestras, sobre como identificar a violência doméstica e agressões psicológicas, assédio contra a mulher e saúde.
O Instituto conta com 55 profissionais dos mais diferentes segmentos que prestam serviços voluntários para a causa, e ainda, contribuem com uma mensalidade mensal não obrigatória.
Os kits são formados por doações. O Instituto mantém pontos de arrecadação em comércios e empresas parceiras que recolhem itens de higiene que são doados para a formação de kits e entregues para mulheres em vulnerabilidade social.
De acordo com a empresária e fotógrafa, o Instituto atende cerca de mil mulheres ao mês na região de Campinas. Em Paulínia eles atendem algumas instituições como a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que quando identifica em seus cadastros famílias vulneráveis, entregam os kits do Instituto Flor, bem como algumas escolas que as diretoras percebem a dificuldade e a evasão escolar por conta da falta de absorventes, entram em contato e solicitam a entrega dos kits.
Também mantém parceria com a Prefeitura de Paulínia, e através dos CRAS (Centro de Referência Assistencial) realizam mensalmente palestras para eliminar o estigma e os tabus associados à menstruação, promovendo uma conversa aberta e positiva sobre o assunto, momento em que realizam a distribuição dos kits às mulheres desfavorecidas que participam do cadastro do CRAS.
Segundo Camila, uma forma importante de levar a informação para as mulheres em temas relevantes é associar datas comemorativas como, outubro rosa, agosto lilás e muitos outros para abordar o tema e trazer informações valiosas sobre prevenção, proteção e direito das mulheres. “Infelizmente muitas mulheres enfrentam desafios significativos por falta de acesso à informação, e isso pode gerar danos consideráveis na vida dela, por isso aproveitamos essas datas relevantes para discutir sobre o assunto”, ressalta a fotógrafa e empresária.
Como o Instituto sobrevive de doações, quem tiver interesse em contribuir com itens de higiene para a elaboração de kits, poderá fazer de várias formas. Uma delas é uma campanha permanente que se chama
“Adote um fluxo”, no qual a pessoa se compromete mensalmente em contribuir com o valor de um kit, ou sendo voluntário falando para novas pessoas sobre o Instituto dentro das empresas, igrejas, condomínios e comunidades. Também é possível adquirir os produtos vendidos pelo Instituto Flor como bonés, moletom, toalha de praia e agendas. E por fim, divulgando e compartilhando as redes sociais para que mais pessoas conheçam o trabalho do Instituto Social Flor.
Saiba mais pelo Instagram: @institutosocialflor