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Inversão de depoimentos faz Justiça de Paulínia suspender Comissão Processante

Robert Paiva, Tiguila Paes e Paulo Camargo, durante prosseguimento da Comissão Processante contra o prefeito Dixon Carvalho e 13 vereadores | Foto: Site Câmara de Paulínia

A Justiça de Paulínia suspendeu nesta terça-feira, dia 10/4, os trabalhos da Comissão Processante (CP) que investiga o prefeito Dixon de Carvalho (PP) e 13 vereadores titulares por compra de votos. Com isso, os depoimentos que seriam tomados nesta quarta-feira, dia 11 e quinta-feira, dia 12, estão suspensos.

O juiz de Direito da 1ª Vara Judicial do Foro Distrital de Paulínia, Carlos Eduardo Mendes, suspendeu os trabalhos porque a comissão composta pelos vereadores Tiguila (PPS), presidente, e pelos suplentes Robert Paiva (PTB) e Paulo Camargo – Sgt. Camargo (PR) inverteu a ordem dos depoimentos: decidiu que iria convocar o prefeito, depois os vereadores, o denunciante e por fim as testemunhas arroladas pelos denunciados.

O juiz determinou que a ordem dos depoimentos fosse à seguinte: denunciantes, testemunhas e interrogatório dos denunciados com intimação prévia dos interessados e seus advogados com antecedência mínima de três dias. A comissão queria 24 horas.

Denúncia e suplentes convocados
No dia 26 de fevereiro, a pedido da Justiça, a Câmara em Sessão Extraordinária, convocou 13 suplentes para votar a formação de Comissão Processante (CP) contra o prefeito e 13 dos 15 vereadores por quebra de decoro parlamentar num processo de compra de votos para impedir que o prefeito fosse investigado.

Segundo a denúncia, o chefe do Executivo teria sido blindado de apurações em contratos emergenciais da merenda e coleta de lixo, cada um com valor superior a R$ 13 milhões, e compensado os parlamentares por meio de manobra que resultou em nomeações para cargos de confiança.