A Justiça de Paulínia determinou, após pedido do Mnistério Público, a internação provisória de um adolescente que incitou ataque a escola do município. O pedido visa coibir crimes e atos infracionais e garantir segurança nas escolas municipais, particulares e estadual.
Um adolescente com internação decretada usou as redes sociais para convocar terceiros a “prepararem os machados”, na tentativa de realizar “o maior massacre de todos os tempos”. A representação contra ele, que é aluno de uma escola em Paulínia, é por atos equiparados a incitação ao crime e contravenção referente à paz pública.
A “Operação Paulínia Mais Segura”, começou na semana passada com ações conjuntas da Guarda Civil, Polícia Civil e Polícia Militar, visando garantir a segurança dos alunos, professores e servidores que atuam nas unidades escolares do município.
A operação conta com o aumento do efetivo e das rondas escolares, o monitoramento das redes sociais foi intensificado. A população pode contribuir denunciando casos semelhantes pelo telefone do Disque Denúncia 181.
As investigações tiveram início após a Polícia Civil receber denúncias anônimas após ataques a Escola Municipal José Dalmo (Morro Alto) e a Escola Estadual Professora Adélia (São José). De posse das informações, a justiça autorizou a quebra dos sigilos dos perfis criados no Instagram, permitindo a localização dos endereços de ambos.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes localizaram um menor em sua residência e outro na escola. Os dois foram levados até à Delegacia de Polícia, onde foi lavrado ato infracional por apologia ao crime, sendo um liberado e entregue aos pais e o outro ficará apreendido por 45 dias.
Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado informa que a Polícia Militar mantém contato permanente com as direções das escolas. Todos os casos de ameaça são investigados. As diretorias das unidades de ensino estão em alerta para qualquer denúncia, que, se confirmada, é tratada em conjunto com a Vara da Infância e Juventude.
É importante salientar que o consenso entre especialistas é que a divulgação de imagens ou informações de um atentado serve para fomentar novos casos, no que é conhecido como “efeito contágio”. A imprensa, inclusive, parece ter se conscientizado disso e muitos veículos – mas não todos – suprimiram informações do ataque à escola em Blumenau.
Da mesma forma, percebe-se que a divulgação de ameaças (muitas das quais não passam de boatos) tem seguido o mesmo comportamento. Quanto mais se noticia, mais casos surgem. Além do efeito contágio, a divulgação dessas ameaças cria uma sensação de pânico generalizado em pais e professores – motivo pelo qual a pasta acredita que deve ser reavaliada.