Casos de sucesso na logística reversa são apresentados em seminário no MPSP
A lata de alumínio para bebidas tem índice de 98% de reciclagem no Brasil e já é a embalagem mais reciclada do mundo, o que a torna um modelo de logística reversa. Esse caso de sucesso foi um dos apresentados sexta-feira (21/9), no último dia do seminário “O Ministério Público e a Gestão de Resíduos Sólidos e Logística Reversa”, que discutiu o tema com promotores e procuradores de Justiça de todo o país, especialistas e ambientalistas, na sede do MPSP.
Segundo Renault de Freitas Castro, da Associação Brasileira de Produtores de Latas de Alumínio (Abralatas), trata-se do primeiro sistema de logística reversa brasileira em escala industrial a produzir benefícios ambientais, sociais e econômico. “A lata virou uma moeda, e a reciclagem no setor passou a funcionar sem a interferência do Estado”, afirmou.
Ele lembrou que esse modelo é feito por catadores de materiais recicláveis, uma vez que se tornou fonte de renda, sobretudo nas periferias das cidades. Os 29 pontos de coleta instalados pela indústria, disse o executivo, também foram responsáveis pelo sucesso da iniciativa por facilitar o trabalho dos sucateiros. Apesar do caso de sucesso apresentado pelo representante da Abralatas, o consultor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Fabrício Soler lembrou que 45% dos resíduos sólidos brasileiros ainda vão parar em lixões e aterros controlados, o que é proibido por lei, demonstrando com o dado o quanto é necessário avançar ainda na área para alcançar o “paraíso verde”.
O promotor de Justiça Rafael de Oliveira Costa falou no painel que discutiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Logística Reversa e Sustentabilidade. Ele apresentou uma iniciativa que une sustentabilidade e inclusão social, protagonizada por catadores de materiais recicláveis.