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Cresce o número de moradores de Paulínia que geram sua própria energia

 

Em 2015, havia apenas duas conexões às placas de geração solar fotovoltaica. Hoje, são 32 ligações, sendo duas industriais

 

O número de moradores de Paulínia que decidiu investir e gerar sua própria energia elétrica aumentou, segundo levantamento da CPFL Paulista, distribuidora do Grupo CPFL Energia, que atende municípios no interior e litoral do Estado de São Paulo.

Em 2015, havia apenas dois consumidores com placas fotovoltaicas em suas casas. Hoje, até outubro já são 32 clientes que estão gerando sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis, sendo 30 instalações residenciais e duas industriais.

Os bairros que mais registram instalações são Jardim Okinawa no Parque Brasil 500 e Residencial Athenas no Jardim Nossa Senhora Aparecida, ambos na região Sul do Município. A maioria das instalações é realizada com as placas aplicadas nos telhados. Mas também existe a opção de instalar no solo.

Para a CPFL, ao investir nesse tipo de projeto, o consumidor residencial ou comercial passa a produzir a sua própria energia, reduzindo em até 95% o valor da sua conta de luz. E todos estão aptos a fornecer o excedente de energia para a rede de distribuição, ampliando a oferta de energia na região.

O custo varia conforme a média de consumo do cliente, presente na conta de energia. O cliente tem um retorno do investimento em cerca de seis ou sete anos. Nos últimos cinco anos, o valor do investimento nesse sistema caiu entre 15% e 20% e hoje tem custo médio entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. Outro fator bastante favorável é que o consumidor não é impactado pelos aumentos tarifários.

O presidente da CPFL Energia, Andre Dorf explicou que a Envo, lançada em maio durante a Campinas Decor, é uma empresa voltada para atuação no mercado de geração distribuída solar para residências e clientes comerciais e industriais de pequeno porte.

“A geração distribuída solar é um dos mercados mais promissores do setor elétrico brasileiro e a aposta neste segmento está em linha com os esforços do Grupo CPFL em desenvolver novos negócios voltados para a economia de baixo carbono, como investimentos em energia renovável, eficiência energética e a digitalização da rede elétrica, além das pesquisas na área de mobilidade elétrica e armazenamento”, diz Dorf.

 

Etapas do projeto

De acordo com a CPFL, o modelo de negócio prevê que a companhia seja responsável por todas as etapas de um projeto para o cliente. A nova empresa atuará desde a concepção técnica (avaliando itens como consumo de energia, condições estruturais do imóvel, níveis de irradiação solar e de sombreamento no local), passando pela revenda e instalação da solução completa, até a homologação do consumidor junto à distribuidora, intermediando, ainda, o processo de instalação do medidor digital.

Clientes interessados em desenvolver um projeto de geração distribuída solar têm à disposição um simulador no site da Envo (www.envo.com.br) ou CPFL (www.cpfl.com.br), que – a partir da inserção das informações do consumo mensal de energia e do local do imóvel – sugere uma referência de projeto para a unidade consumidora. Os projetos serão analisados e validados pela distribuidora.

A simulação aponta o tamanho do projeto, a quantidade de placas solares, a área mínima necessária para colocação dos painéis, a produção de energia em 12 meses e o investimento total.

Consumidores podem gerar sua própria energia

A mini e micro geração distribuída foi regulamentada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2012. Nessa resolução foi definido que os consumidores podem instalar painéis solares em suas casas, gerando sua própria energia.

As fontes de geração precisam ser renováveis ou com elevada eficiência energética, isto é, com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada.

 

Pré e pós montagens são monitorados

O Grupo CPFL Energia possui medidores regulamentados de acordo com as regras da referida resolução da Aneel e os aparelhos estão à disposição dos consumidores que fizerem a instalação desses sistemas de geração.

As distribuidoras do Grupo também exigem a instalação de um inversor de frequência (aparelho que torna a energia gerada no painel fotovoltaico compatível com a rede elétrica e adiciona mais segurança ao sistema).