O câncer de mama é o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. E, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), devem ser registrados neste ano 73.610 novos casos. Pensando nisso, a campanha Outubro Rosa chama a atenção para o diagnóstico precoce do câncer de mama e para a redução da mortalidade.
Há 22 tipos diferentes de câncer de mama, caracterizados pelo crescimento desordenado e acelerado de células dos ductos mamários que podem escapar dos controles de regulação genética e imunológica do corpo e atingir outros órgãos. Segundo o INCA, um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início.
A doença pode apresentar sinais ainda na fase inicial. Por isso, detectá-los o quanto antes pode trazer resultados consideráveis no tratamento. Alguns sintomas como presença de nódulo, afundamento ou secreção pelo mamilo e alteração na pele (na textura ou vermelhidão) podem ser motivo de alerta. O autoexame da mama é indicado, uma vez que é simples e pode ser realizado em casa. Ele consiste em tocar as mamas com os dedos, para identificar se há nódulos nos seios.
Prevenção e rastreamento
No entanto, o autoexame não substitui o exame de imagem regular. Apesar do possível receio de receber o diagnóstico da doença, é importante realizar exames de rastreamento para a detecção, como é o caso da mamografia anual a partir dos 40 anos. Em alguns casos, é necessário complementar com ultrassom de mamas. Já a ressonância é indicada apenas em casos muito específicos.
Além disso, a questão da idade para o início do rastreamento do câncer de mama não é um conceito no Brasil e no mundo. Então no SUS a paciente, independente da idade que apresentar alterações nas mamas, terá o exame disponível para ser realizado.
Existem vários fatores associados a aumento na incidência do câncer de mama, que vão desde condições ambientais, como exposição a defensivos agrícolas, obesidade, sedentarismo, ingestão diária de álcool; bem como características das últimas gerações de mulheres, como começar a menstruar antes dos 12 anos, ter filhos depois dos 30 anos, uso de métodos contraceptivos hormonais por décadas; dieta hipercalórica e inflamatória.
Como forma de auxiliar na prevenção da doença, algumas mudanças podem ser feitas, principalmente na adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável. É indicado fazer atividade física de moderada a alta intensidade regularmente; evitar a obesidade; não ingerir álcool e não fumar; manter dieta equilibrada e livre de multiprocessados.
Tratamento
O tratamento da doença é multidisciplinar, podendo envolver cirurgia, hormonioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo-biológica e radioterapia, de acordo com o subtipo molecular e o estágio em que é diagnosticado. Além disso, a sequência definida e quais desses tratamentos serão necessários não são os mesmos para todas as pacientes, uma vez que consiste em um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos entre elas.
O HUSM, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), oferece o acompanhamento completo. No HUSM as pacientes têm direito desde os exames diagnósticos, cirurgias, tratamentos com quimioterapia e/ou radioterapia até o acompanhamento pós-alta. Sendo um serviço muito completo para o atendimento da população. Hoje o HUSM é referência para 45 municípios da região, sendo assim o caminho para os pacientes que buscam esse atendimento é se dirigir até a unidade básica de saúde mais próxima para que esta – via secretaria de saúde – encaminhe a solicitação de atendimento para o hospital.
Além disso, anualmente a instituição promove uma série de ações educativas de conscientização e informação em saúde para a população. No feriado de 12 de outubro, ocorreu o Mutirão de cirurgia para reconstrução de mamas e retirada de tumores no hospital. De acordo com a Dra. Sabrina, mastologista do HUSM, foram realizados 14 procedimentos, sendo 8 pacientes contemplados com cirurgias reconstrutoras e 6 procedimentos bilaterais.