O passeio turístico de Maria-Fumaça entre Campinas e Jaguariúna funciona aos finais de semana fazendo passeios turísticos que custam R$ 120,00 por pessoa. Recebe, por ano, 65 mil visitantes. Este passeio da Maria-Fumaça existe há 35 anos.
Cenário de novelas – O local foi utilizado várias vezes como cenário de novelas de época como “Terra Nostra”, “Sinhá Moça” e “Cabloca”, entre outras. Já foram gravadas mais de 20 novelas no local. O turismo vive de história, um turismo cultural, de patrimônio.
Cenário de filmes – Essa locomotiva foi cenário dos filmes “Marighella”, “Edir Macedo” e “Karsmênia” (que será lançado em breve na Netflix). As estações Pedro Américo e Tanquinho – que fazem parte do Expresso Noel, junto com outra locomotiva a vapor, típica da época – também serviram de cenário em gravações de diversas novelas, sendo a mais recente a “Éramos Seis”, exibida atualmente pela Rede Globo de Televisão.
Trem de Natal – Há quatro anos a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) promove o “Trem de Natal”, passeio turístico de Maria Fumaça entre Campinas e Jaguariúna, oferecemos a oportunidade de vivenciar também a viagem na “Paulistinha”, de 1958, original da Cia. Paulista e completamente restaurada.
Primeiro trecho – A Cia. Mogiana de Estradas de Ferro foi fundada em 1872 e inaugurou o primeiro trecho da Maria-Fumaça – Campinas / Jaguary – (hoje Jaguariúna), em 3 de maio de 1875, com a presença do imperador D. Pedro II. Depois de anos levando o progresso para o interior do Brasil, aos poucos, os trajetos foram se modificando, ramais foram sendo desativados e com eles a história de um dos mais importantes meios de transportes: o trem.
Conheça algumas curiosidades sobre o nome das estações:
Anhumas
A Estação de Anhumas recebeu a mesma denominação da fazenda onde se situava, cuja origem faz referência a uma ave pantaneira. Esta era a principal estação depois da Central e da Estação Guanabara, ambas em Campinas; e recebia a sobrecarga da última. A Estação original localizava-se a 200 metros da atual, inaugurada em 12 de outubro de 1926.
Pedro Américo
Seu nome é uma provável homenagem ao autor do quadro que retratou a Independência do Brasil. Esta Estação situa-se na Fazenda São José e está implantada em um Talude, paredão que caracteriza o objetivo de escoamento do café. A Estação retificada foi reinaugurada em 12 de outubro de 1926.
Tanquinho
Esta Estação caracteriza-se por ser a única a ter uma linha destinada à lavagem dos vagões que transportavam gado. Seu nome, provavelmente, originou-se dos dois tanques d’água existentes no local. Assim como Pedro Américo, a Estação Tanquinho foi construída com a frente para um talude que favorecia o embarque do café.
A Estação Tanquinho está localizada na Fazenda Santa Maria, onde hoje ainda é possível ver o trecho de linha anterior à retificação (1926). É considerada de relevante interesse histórico.
Desembargador Furtado
Esta Estação recebeu o nome de um dos proprietários da Fazenda Duas Pontes. A referida fazenda chegou a ser a maior produtora de café da região. Seu prédio encontra-se em condições relativamente precárias, pois, por ocasião do desmonte, foi a mais prejudicada: foram retirados os arcos da plataforma, os pontilhões e as três linhas do pátio, tendo sido recuperada apenas uma.
Nesta Estação, a Cia. Mogiana mantinha uma colônia de ferroviários que trabalhavam na manutenção do trecho e da ponte sobre o Rio Atibaia. Aí foi construída, também, a primeira escola de sericultura do país com vistas à aplicação da tecnologia da seda no tratamento do algodão. Este prédio, em estilo neoclássico, encontra-se hoje em abandono. Entretanto, o conjunto, com a Estação e a Colônia, compõem um acervo significativo.
Na sede da antiga fazenda está instalado o Hotel Fazenda Solar das Andorinhas.
Carlos Gomes
A Estação Carlos Gomes, uma das maiores do trecho, tinha o pátio equipado com cinco linhas, sendo quatro para o embarque do café e uma com plataforma para embarque de pedras e gado.
No período anterior à retificação esta parada situava-se junto à Fazenda Santa Rita do Mato Dentro, onde se originou o povoado hoje conhecido como Carlos Gomes Velho. Com a retificação (1929) e o deslocamento da linha, repetiu-se o assentamento de famílias junto à Estação, nascendo então o Bairro de Carlos Gomes Novo. Nesta Estação estão instaladas as oficinas de restauro da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).
Centro Cultural (Estação Jaguariúna)
A Estação de Jaguariúna foi inaugurada em 1945 para substituir a antiga estação de Jaguari, desativada na mesma época, por ter ficado fora do leito com a construção da variante Guanabara-Guedes. Recebeu a nova denominação nome por determinação do Conselho Nacional de Geografia, que alterou o nome da cidade, de Jaguari para Jaguariúna. Dali, como na da velha Jaguari, saía o ramal de Amparo, desativado em 1967.
A Estação de Jaguariúna foi desativada em 1977 com o fim do tráfego na linha, causado pela construção da nova variante Boa Vista – Guedes. Uma nova estação, a terceira da cidade (Jaguariúna-Fepasa), foi, então, construída fora da área urbana. A velha estação foi, entretanto, reativada em 1981, para servir como estação de passageiros, terminal e também como depósito de locomotivas e vagões para o trem turístico da VFCJ.
Em 1985, um novo planejamento urbano, elaborado pela Prefeitura de Jaguariúna, levou à retirada dos trilhos, a partir da ponte sobre o rio Jaguari, e à consequente remoção das locomotivas e vagões, de seu pátio para a Estação Carlos Gomes, sendo que, em Jaguariúna, o passeio de maria-fumaça passou a ter como ponto de embarque e desembarque uma estação pequena, construída provisoriamente. Paralelamente, em 1992, o prédio desativado da antiga Estação Jaguariúna foi restaurado e adaptado para se transformar em Centro Cultural. Em outubro de 2006, os trilhos foram implantados novamente concluindo o trajeto de Anhumas ao Centro Cultural de Jaguariúna.
Fotos: www.mariafumacacampinas.com.br
Fonte: Prefeitura Municipal de Jaguariúna e Assessoria Confraria da Informação