Não houve nenhuma morte por dengue no município. Por isso, é importante manter o combate aos criadouros
O boletim da Secretaria Municipal de Saúde registra 89 casos confirmados de dengue em Paulínia. O monitoramento do período epidemiológico vai de 1° de janeiro a 11 de abril deste ano. O município possui aproximadamente 37 mil imóveis, dividido em 4 regiões de saúde: Centro, Monte Alegre, Planalto e São José.
Proporcionalmente ao número de habitantes, os bairros que apresentam maior incidência são: São José, com cerca de 14.913,40 moradores, registra 15 casos de dengue e uma incidência de 994,22; Planalto, com aproximadamente 16.636,34 mil habitantes, tem 14 casos e uma incidência de 1.065,24; Cooperlotes, com uma população de 12.512,5 pessoas, tem 13 casos e uma incidência de 962,5.
É importante lembrar que 90% dos criadouros estão nas residências, em ambientes externos e internos e em todas as regiões acontecem ações para o combate e controle do Aedes Aegypti.
Ação preventiva
É importante destacar que a conscientização e engajamento da população é um fator essencial para o combate à Dengue. Paulínia realiza constantemente atividades de vigilância e controle vetorial do Aedes aegypti que transmite a Dengue e outras Arboviroses como Chikungunya e Zika Vírus. O controle do mosquito evita ainda a urbanização da febre amarela, atualmente restrita a transmissão por mosquitos de áreas silvestres.
O boletim de Vigilância em Saúde – Arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya) é realizado pela Unidade de Controle de Vetor do Departamento de Vigilância em Saúde, ligado a Secretaria Municipal de Saúde de Paulínia.
O que você precisa saber:
→ Arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos por meio de vetores artrópodes (geralmente insetos ou aracnídeos), por exemplo, o mosquito Aedes aegypti, que transmite os vírus da Dengue, Zika e Chikungunya.
→ Entre as informações disponibilizadas neste boletim estão o número de casos positivos de arboviroses circulantes e sua localização geográfica no município, os resultados da avaliação de densidade larvária e resumo das ações desenvolvidas no período.
→ Os casos positivos são confirmados por critério laboratorial e/ou clínico epidemiológico. Após a confirmação, os casos são informados pela Vigilância Epidemiológica à Unidade de Controle de Vetor, que mobiliza as atividades necessárias para a prevenção e controle de arboviroses.
→ A avaliação de densidade larvária (ADL) é realizada a cada três meses e indica os principais tipos de criadouros e a quantidade de larvas encontradas por região de abrangência de cada UBS. Estes dados são importantes para delinear métodos de combate ao Aedes.
Ações contínuas
A Prefeitura alerta que, apesar de haver a expectativa de redução do número de casos, devido à diminuição da temperatura, a população deverá permanecer atenta e continuar seguindo as orientações de prevenção. Confira abaixo:
– Caixa d’água – tampa, vedação e ladrão: mantê-la tampada, sem nenhum tipo de abertura. Verificar se há acúmulo de água sobre a tampa. Colocar tela no ladrão da caixa d’água. Na ausência de tampa, utilizar tela de nylon para mosquiteiro com trama de 1 milímetro, enquanto ela estiver sendo providenciada;
– Calhas, lajes, telhas e coberturas de zinco: mantê-las sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água. Desentupir calhas e mantê-las bem niveladas. Criar pontos de saída de água da laje;
– Cacos de vidros em muros: revisar pontos com acúmulo de água, quebrar os gargalos e fundos de garrafas e/ou colocar massa de cimento nos locais;
– Plantas, vasos, pratos de vasos, ocos de árvores, bromélias ou outras plantas que acumulam água e cerca de bambu: Eliminar os pratos dos vasos. Substituir a água dos vasos por terra ou trocá-la uma vez por semana, esfregando a superfície deles. No caso das bromélias, substituí-las por outras plantas, se possível. Caso contrário, deixá-las em área coberta, retirar a água das folhas e regá-las diretamente na terra. Em área descoberta, regá-las com mangueira sob pressão, duas vezes por semana. Ocos de árvore e cercas de bambu devem ser cortados e os locais ocos, preenchidos com cimento ou gesso;
– Entulho de obras, ferragens ou materiais inservíveis: não acumular, principalmente em áreas abertas, expostos à chuva. Mesmo quando cobertos com lonas, verificar se não formaram bolsões que possam acumular água. Veja como solicitar a Operação Cata-Bagulho na sua região.
– Bebedouro de aves e animais: trocar a água diariamente, lavar e esfregar o recipiente, no mínimo, duas vezes por semana;
– Fosso de elevador em construção: esgotar a água por bombeamento, pelo menos duas vezes por semana;
– Ralos internos, externos e canaletas de drenagem: dar preferência para ralos com tampa abre e fecha. Eliminar as caixas de areia ou pontos de acúmulo de água, preenchendo-os com argamassa. Ralos e canaletas que não têm uso diário devem ser cobertos com telas que impeçam a entrada de mosquitos. Adicionar água sanitária (1/2 copo) ou qualquer outro desinfetante semanalmente;
– Bandejas de ar-condicionado, bebedouros de água mineral e bandejas de geladeira: lavar as bandejas ou depósitos uma vez por semana. Evitar o acúmulo de água, furando-os ou inserindo neles uma mangueira de drenagem;
– Aquários e lagos artificiais: mantê-los tampados ou telados com tela de nylon para mosquiteiro, com trama de 1 milímetro. Colocar peixes larvófagos (que se alimentam de larvas) nos lagos;
– Piscinas: para unidades em uso, é importante fazer o tratamento adequado com cloro. Para piscina em desuso, esvaziá-la e mantê-la coberta com capa ou lona. Em caso de piscina com cobertura de lona, mantê-la esticada e não permitir o acúmulo de água sobre a cobertura. Instalar boias sob a lona no centro, para facilitar o escoamento da água;
– Piscina plástica infantil: lavar as paredes internas, esfregando com água e sabão e trocar a água semanalmente. Se não estiver em uso, esvaziá-la e guarda-la em local coberto;
– Garrafas e pneus: guardá-las viradas com a boca para baixo ou tampadas, de preferência em local fechado. Manter os pneus em local seco e coberto. Furá-los em seis pontos separados, mantendo-os na posição vertical;
– Armazenamento de água (baldes, galões, bacias, tanques, cisternas e outros): manter os recipientes totalmente fechados ou com tela. Quando vazios, deixá-los virados para baixo, de preferência em local coberto;
– Latas de lixo: deixá-las tampadas e, de preferência, em área coberta. Verificar o acúmulo de água nas tampas e removê-la. Lavá-la com esponja para retirar possíveis ovos;