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Paulínia é a 4º cidade mais poluída do estado de São Paulo

Concentração de gás carbônico na
atmosfera em Paulínia aumentou 14% em 2018

Paulínia, município com 106.776 mil habitantes e a 119 quilômetros de São Paulo, é a 4ª cidade mais poluída do Estado na concentração de gás carbônico entre os 645 municípios paulistas, aumento de 14%, em comparação ao ano anterior. Os dados constam no Anuário de Energéticos por Município no Estado de São Paulo 2018 – ano base 2017, da Secretaria Estadual de Energia e Mineração.

Em 2017, Paulínia emitiu 1.583,98 toneladas de CO2. No ano anterior, as emissões contabilizaram 1.378,71 toneladas de CO2. Nos dois períodos, o volume de petróleo processado na refinaria (Replan) e um expressivo aumento no consumo de gás natural foram os principais componentes emissores, a alta foi de 38% em relação ao ano anterior, informa a secretaria.

O documento, produzido pela Secretaria Estadual de Energia e Mineração, apresenta os dados detalhados sobre os principais indicadores energéticos consumidos – energia elétrica, etanol hidratado, derivados de petróleo e gás natural comprimido, bem como as respectivas emissões de dióxido de carbono (CO2).

Com base nos valores referentes aos consumos dos energéticos considerados neste Anuário, o Estado de São Paulo apresentou, em 2017, um consumo total – somatório de todos os energéticos – de 43.090 x 103  toe, tendo somente o município de São Paulo contribuído com cerca de 19,9% desse total, ou seja, 8.557 x 103 toe.

Dos demais municípios que apresentaram grandes consumos energéticos ao longo de 2017, destacam-se Guarulhos, com 6,3%, seguido por Campinas, com 2,7%, Santo André com 1,8% e Paulínia com 1,6% do total estadual. Estes cinco municípios juntos consumiram em 2017 o equivalente a 13.933 x 103 toe, valor correspondente a cerca de um terço (32,3%) do total do consumo do Estado nesse período.

Método adotado
De acordo com a Secretaria de Energia e Mineração, as emissões de CO2 são calculadas por cidades e levados em consideração os coeficientes adotados pelo Intergovernamental Painel on Climate Change (IPCC), apresentados no Latin American Regional Workshop for Estimating National Greenhouse Gases Emissions, de 1993. Em seguida, esses índices foram revisados, levando-se em conta as determinações de instituições ambientais como a Cetesb e a Secretaria do Meio Ambiente.

Ainda conforme a Secretaria de Energia, deve-se considerar nula a contribuição dos combustíveis renováveis (bagaço, lenha, carvão vegetal, entre outros). Desta forma, foram considerados os seguintes combustíveis: gás natural, gasolina automotiva e de aviação, óleo diesel, óleo combustível, querosene iluminante de aviação, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), Coque de Petróleo e Asfalto.

João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Energia e Mineração, destaca que a política energética do Estado tem como objetivo estratégico a ampliação da oferta de energia junto aos centros de carga, segurança energética e ampliação da participação de fontes renováveis na matriz.

“Para que possa atingir esses objetivos é indispensável que conte com informações completas e confiáveis sobre a oferta e a demanda de energia. Estas informações são necessárias não somente à secretaria, na formulação e execução dos programas estaduais, mas também aos municípios e regiões do Estado, para que possam formular e apresentar suas demandas com a maior clareza possível”, ressalta Meirelles.