O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 3 milhões nas Bacias PCJ, além de 9 milhões de pessoas na capital, está com seu volume de armazenamento em 44,1%, em estado de atenção, enquanto as chuvas seguem escassas no mês de setembro, com temperaturas altas, o que aumento a pressão sobre consumo de água.
“A perspectiva para os próximos meses indica que a partir do final de outubro tenhamos um índice de chuva bastante próximo da média histórica. Para a próxima semana devemos ter precipitações, mas nada significativa, nada acima de 5 mm por dia. Temos temperaturas máximas muito elevadas batendo recorde. Em Campinas tivemos o recorde de 35 graus de temperatura neste inverno”, esclareceu o coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad.
O secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, indicou medidas que podem amenizar os impactos da estiagem nesse período. “É importante investir em mecanismos como cisternas, bacias de retenção e piscinões ecológicos para que se consiga recarregar o lençol freático e auxiliar na disponibilidade hídrica da região”, atentou.
DAEE apresenta situação das barragens de Amparo e Pedreira
A gerente socioambiental do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), Ligia Oliveira, durante reunião plenária do Consórcio PCJ, dia 17, esclareceu sobre a situação dos reservatórios de Amparo e Pedreira. Segundo ela, a barragem em Pedreira deve ficar pronta em dezembro de 2021 e a de Duas Pontes, em Amparo, em novembro de 2022.
Ligia atentou para o investimento que está sendo feito nas Bacias PCJ e que apesar de alguns entraves burocráticos as obras em Amparo seguem conforme o planejado. “Precisamos organizar uma nova comitiva das lideranças do PCJ para outra visita às obras. São 740 milhões de investimento nas duas obras da Bacia PCJ. A Barragem Duas Pontes foi iniciada há dois meses e já está com 10% de avanço físico”, comentou.
Ela também lembrou que serão investidos pelo DAEE R$ 154 milhões de reais para adequações de sistemas de afastamento e tratamento terciário nos municípios de Amparo e Monte Alegre do Sul, garantindo recuperação da qualidade da água no rio Camanducaia.