Ex-astronauta brasileiro e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, estará na cidade na sexta-feira, 20
Teve início nesta segunda-feira (16) a agenda da 7ª Reunião Ministerial sobre Ciência, Tecnologia e Inovação dos BRICS na cidade de Paulínia (SP). A reunião é um encontro de ministros e autoridades dos países que formam o bloco – Brasil, Rússia, India, China e África do Sul —, para discutir as prioridades e políticas públicas para o setor no período de 2019-2022. O ministro titular do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, irá conduzir a reunião ministerial, que acontece nesta sexta-feira (20).
Liderado pelo Brasil, que exerce a presidência de turno do Brics neste ano, o evento inclui uma visita técnica ao Sirius, em Campinas, maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, na quinta-feira (19).
Previsto para entrar em operação a partir de 2020, o laboratório brasileiro será o 2º do mundo a operar luz síncrotron de 4ª geração – o primeiro é o MAX-IV, na Suécia.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC) destacou que as reuniões em curso abrangem a área técnica das pastas e são realizadas a portas fechadas, em um hotel em Paulínia.
O Plano de Trabalho foi criado em 2015, e criou bases para a cooperação, investimentos e desenvolvimento de tecnologia entre os cinco países do bloco.
Em fase de montagem do terceiro e principal acelerador, o Sirius não ficará completamente pronto até o fim de 2020, conforme previsto inicialmente.
Apesar de garantir o início de operação no próximo ano, o diretor do projeto, Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), destaca que o orçamento dotado pelo governo federal impede a conclusão no prazo inicial. Segundo ele, a entrega de todas as 13 linhas de pesquisa previstas no Sirius deverá ficar para 2021.
Dos R$ 255 milhões previstos no orçamento para 2019, o projeto recebeu R$ 50 milhões, valor empregado na instalação das três primeiras linhas de luz.
Desde 2012, o Ministério de Ciência e Tecnologia fez dotação orçamentária de R$ 1,472 bilhão para o projeto, sendo que R$ 1,249 bilhão foram, de fato, pagos.
Questionado sobre o atraso no repasse de verbas ao Sirius, o MCTIC havia destacado que em um “cenário de restrição orçamentária”, tem se empenhado para manter recursos para seus institutos de pesquisa e entidades vinculadas.