sexta-feira, novembro 22, 2024
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Paulínia mantém distância da febre amarela

Paulínia, assim como os demais municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi mantida fora da Área de Recomendação para Vacina contra a febre amarela pelo Ministério da Saúde. Isto se deve ao fato de não haver detecção de transmissão do vírus.

Ontem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Centro e do Monte Alegre não tinha a vacina, a previsão é que o Estado encaminha nova remessa somente na segunda (22) ou terça-feira (23), da próxima semana.

Até ontem, não havia nenhum caso suspeito ou confirmado da doença em municípios da região – fora da região, os municípios mais próximos com casos registrados de febre amarela e que estão incluídos na Área de Recomendação para vacina são Amparo, Atibaia, Itatiba, Jarinu, Louveira e Monte Alegre do Sul.

Prioridade
Em Paulínia e nos demais municípios da região, a vacinação deve ser prioridade apenas para pessoas que pretendem viajar para alguma região ou município classificado como Área de Recomendação para Vacina ou que frequentarão locais de risco de transmissão do vírus da febre amarela silvestre (matas e áreas silvestres ou ribeirinhas). Essas pessoas devem receber a vacina com pelo menos 10 dias de antecedência da data da viagem.

Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

Transmissão
O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A doença não é passada de pessoa a pessoa. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.

Há dois diferentes ciclos epidemiológicos de transmissão, o silvestre e o urbano. Mas a doença tem as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico. No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

A pessoa apresenta os sintomas iniciais 3 a 6 dias após ter sido infectada.

Sintomas
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

Diagnóstico
Somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.

Tratamento
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.

Prevenção
O Sistema Único de Saúde oferta vacina contra febre amarela para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas deve se imunizar.

Com informações do Ministério da Saúde