A primeira sessão do ano não é pra se esquecer, desde sexta-feira (26), vereadores nunca conversaram tanto com o auto-escalão do atual governo para apaziguar os protestos da população; única saída: retirar o novo Projeto de Lei de concessão da Bolsa de Estudos da pauta
Aconteceu nesta teça-feira, dia 30, a primeira sessão ordinária de 2018. O vereador e presidente Du Cazellato (PSDB) abre os trabalhos do Legislativo, dando boas vindas a todos e com controle da presença dos vereadores pelo primeiro secretário da Mesa Fábio Valadão (PRTB). A execução do Hino Nacional e o Hino de Paulínia pelo músico Maurício Müller e companhia, momento de silêncio no Plenário lotado. Os três profissionais de libras, explicam tudo aos presentes e para quem assiste de casa.
Em seguida o cerimonial da Casa leu as 53 emendas das indicações dos vereadores. Os vereadores mirins Ana Júlia Delgado, Gustavo Silva Alves e Matheus Rodrigo e João Hugo de Souza, eleitos dentro do Programa Pequeno e Jovem Cidadão, prestigiaram ao lado dos vereadores, a sessão desta terça-feira.
Quase 400 pessoas acompanham a sessão, entre estudantes, pais, assessores legislativos e afins queriam ter certeza que o prefeito Dixon Carvalho (PP) retirou realmente da primeira sessão do ano o Projeto de Lei 97/2017, que dá novo texto a concessão da bolsa de estudos, o que aconteceria somente na segunda ordem do dia. Dixon protocolou o pedido de retirada às 13h48 desta terça-feira, horas antes do início da sessão.
O Plenário comporta 230 pessoas acomodadas, no hall e pátio externo da Câmara mais 150 pessoas, além de viaturas da Guarda Civil e Polícia Militar de Paulínia, presidentes de partidos, representantes de conselhos municipais, militantes e muitos curiosos.
Antes a população assistiu ao vivo e a cores praticamente 12 vereadores usarem o direito a palavra. Cada um tem direito há dez minutos. Zé Coco (PV) foi o primeiro vereador a usar a palavra. Kiko Meschiati (PRB) aproveitou e falou da tribuna e usou cada minuto, aliás o assunto acabou antes. Tiguila Paes (PPS) fez o mesmo, mas não na mesma entonação. Manuel Filhos da Fruta (Manoel PCdoB), Danilo Barros (PR), Marquinho Fiorella (PSB), Fábia Ramalho (PMN), Xandinho Ferrari (PSD), Loira Ferrari (PSDC), Edilsinho Rodrigues (PSDB), Fábio Valadão (PRTB), até João Mota (PSDC) usou a palavras, poucas, mas usou.
Zé Coco parece que falou em nome de boa parte dos vereadores da situação. “Está Casa nunca vota projetos que são contra os anseios da população paulinense”.
Desde a semana passada estudantes se organizam pela internet (grupos de WhatsApp e Facebook) para pressionar os vereadores e prefeito para que o projeto seja retirado e que tenha uma ampla discussão entre todos os setores.
Kiko Meschiati enalteceu a presença de todos pela luta e organização e ressaltou que em 1992, a população brasileira conseguiu tirar um presidente do poder. “Como disse Ulisses Guimarães: político só tem medo de uma coisa, quando o povo sai às ruas”.
Por volta das 20h20, o plenário começou a ficar rarefeito, apaziguados por enquanto, os estudantes começam a abandonar aos poucos o local, pois início a discussão única e votação de Requerimentos e Moções.
Enquanto isso, secretários e poucos cargos comissionados do alto escalão do governo ficaram no saguão ou do lado de fora, aguardando o anúncio da retirada do projeto da pauta.
“O transporte não passada pela Câmara, mas a união e o apoio de vocês muda-se o curso de qualquer medida em benefício da população e não da forma como o governo quer impor”, destacou o vereador Tiguila Paes.
Término da Sessão às 20h42, o presidente Du Cazellato convoca a população a comparecer novamente dia 15 de fevereiro, uma quinta-feira, a partir das 18h30, para a segunda sessão do ano.