Inspirada na iniciativa já em execução em Campinas, proposta ambiental foi aprovada pelos prefeitos da Região Metropolitana de Campinas, que inclui Americana, Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo
Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), realizada nesta quinta-feira, 24 de abril, em Paulínia, os prefeitos dos municípios que compõem a RMC aprovaram a implantação do projeto de Microflorestas Urbanas em suas cidades. A iniciativa, já em andamento em Campinas, foi amplamente apoiada como modelo de sustentabilidade urbana para toda a região. As pautas ambientais dominaram o encontro, com destaque também para o projeto de Monitoramento para Enfrentamento dos Extremos Climáticos e o programa Reconecta RMC, que visa à integração ecológica entre as cidades metropolitanas.
Para o prefeito de Campinas e presidente do CD-RMC, Dário Saadi (Republicanos), o programa de microflorestas que está sendo executado em Campinas é uma maneira inteligente de enfrentar as mudanças climáticas. “Nós temos ilhas de calor em Campinas com temperaturas em torno de cinco a seis graus mais altas em relação a outras áreas, isso exige que a gente trabalhe a questão ambiental com inteligência. A microfloresta é uma intervenção de baixo custo que pode ser adotada nas demais cidades da RMC”, pontuou.
O prefeito de Paulínia, Danilo Barros (PL), expos sua satisfação em ser o anfitrião de um encontro com deliberações tão relevantes para a região. “Foi um momento de muita felicidade sediar este encontro em Paulínia e estar presente nas decisões regionais, como a questão das microflorestas urbanas e o monitoramento climático da RMC. Temos grandes desafios pela frente e Paulínia estará sempre atuante. Parabéns, prefeito Dário, pela condução e agradeço aos demais prefeitos pela participação”.
Já o secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, falou da interferência da microfloresta urbana no clima e como implantar esse mecanismo nas cidades. “Estruturalmente as microflorestas são aglomerados de árvores que podem ser plantadas em espaços muito pequenos, cem ou duzentos metros quadrados, por exemplo. Essa aglomeração de árvores provoca uma série de efeitos secundários, relativos à pequena fauna, que vão provocar um novo processo de equilíbrio de vida nesses espaços. A microfloresta também pode diminuir em até 3 graus centígrados o microclima local”, destacou.
Programa Reconecta
O Programa Reconecta foi outro tema discutido durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMC. Trata-se de um programa inédito, em uma região metropolitana, de conexão da fauna através dos corredores ecológicos. “O que nós precisamos é atualizar as ações que cada município fez e com esse balanço divulgar os resultados”, disse Dário Saadi.
O secretário do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade de Campinas, Braz Adegas Júnior, explicou que o projeto, aprovado em 2017 pelo Conselho da RMC, terá um grande impacto para os municípios deixando um legado de biodiversidade, resiliência e reconexão de fragmentos da vegetação remanescente da Mata Atlântica e do cerrado.
“Nós temos quase 3,8 quilômetros quadrados de extensão, aproximadamente 3,3 milhões de habitantes e apenas 15% do total do nosso território tem vegetação remanescente da Mata Atlântica e muito pouco de Cerrado. Em 2020-2021, refizemos o convênio do Reconecta, programa inédito em regiões metropolitanas para implementação do plano de ação da área de conectividade da nossa região até 2030”, afirmou.