sexta-feira, novembro 22, 2024
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Refinaria de Paulínia retoma 100% da capacidade de refino de petróleo

Após 158 dias, a Petrobras, informa em nota, que a Refinaria de Paulínia (Replan), a 119 quilômetros de São Paulo, retomou sexta-feira (25), 100% da sua capacidade nominal de produção com o retorno da operação da unidade de destilação (U-200), que ocorreu dentro do prazo previsto.

A Replan tem capacidade para processar 434 mil barris de petróleo por dia e sua produção corresponde a aproximadamente 21% de todo o refino de petróleo no Brasil. Atende cerca de 25% do mercado brasileiro de derivados, principalmente o interior paulista e centro-oeste do país.

Em 2018, a importância da Replan para o Brasil é refletida em seus números, 25% do diesel e 22% da gasolina produzidos no país saem de Paulínia. Ela atende mercados do interior de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre, Sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro, Goiás, Tocantins e Brasília, ou seja, 36% do território brasileiro.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já havia emitido, em 16 de janeiro, boletim para a desinterdição da unidade de destilação da refinaria, tendo considerado que a Petrobras cumpriu todas as exigências para garantir a operação segura da mesma.

Ainda em nota, a Petrobras reitera seu compromisso com a segurança de suas operações e instalações, adotando padrões da indústria mundial de petróleo.

Recordes
Dentre os recordes de produção mensal de derivados da refinaria, têm destaque o diesel (1.121.478 m3, obtidos em maio de 2015), a gasolina (584.164 m3, registrados em outubro de 2013) e o querosene de aviação (103.773 m3, alcançados em outubro de 2016). As obras de modernização realizadas na Replan entre 2008 e 2013 permitiram a adequação da unidade para a produção da gasolina S-50 e do diesel S-10, de ultrabaixo teor de enxofre, cuja demanda tem crescido ano a ano.

Acidente grave
Um incêndio atingiu a Refinaria de Paulínia (Replan), na madrugada do dia 20 de agosto de 2018. As chamas tiveram início após a explosão do tanque de águas ácidas, que fica no chamado craqueamento, unidade que acabou de passar por manutenção e sofreu uma série de intervenções em seus equipamentos.

Como a Replan tem duas unidades de craqueamento e duas de destilação, sendo que duas das quatro unidades foram afetadas, a refinaria poderia retomar o processo operacional parcialmente.

Más, o problema é que várias linhas de tubulação, que passam pelas unidades prejudicadas, sofreram grandes avarias e essa malha é fundamental para o acionamento parcial da refinaria.

Sem essas linhas periféricas funcionamento perfeitamente, as duas unidades da destilação e do craqueamento, que não foram atingidas pelo acidente, ficaram sem condições de operar.