O projeto Semeando Água, iniciativa do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com patrocínio da Petrobras desde 2013, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, acaba de vencer na categoria Água, o prêmio Todos pela Sustentabilidade, do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social.
O prêmio BNDES é uma iniciativa que tem por objetivo reconhecer ações de empresas patrocinadoras de projetos socioambientais, em prol de um ambiente de filantropia, que contribuam para o desenvolvimento estruturado e perene de projetos, alavancando o poder de impacto e transformação na sociedade. Trata-se de um prêmio não monetário.
O projeto ingressou o terceiro ciclo de apoio no estado de São Paulo, em área de abrangência da Refinaria de Paulínia – Replan. O IPÊ, é uma organização sem fins lucrativos que trabalha pela conservação da biodiversidade do país, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis.
Gregório Maciel, gerente de reflorestamento e projetos ambientais da Petrobras, reafirmou o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável e parabenizou o Semeando:
“Estamos muito orgulhosos com o Prêmio BNDES, pois ele retrata a robustez do nosso investimento socioambiental e sua efetividade em provocar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. O Semeando Água é um dos melhores exemplos de materialização deste propósito. De fato, um projeto que tem trazido resultados dignos de reconhecimento, fruto de muito trabalho de profissionais do IPÊ e da Petrobras, além das importantes parcerias com comunidades, universidades e poder público. Enfim, muita energia envolvida. Estamos muito felizes em fazer parte disso. Parabéns a todos!”, celebrou Maciel.
A iniciativa teve o objetivo de reverter processos de degradação dos corpos hídricos na região do Sistema Cantareira por meio de mudanças no uso e ocupação do solo, obtendo ganho de escala nas atividades de recuperação de pastagens com alternativas de baixo custo, associando com a recomposição de áreas de preservação permanente.
O Sistema Cantareira, considerado um dos maiores Sistemas de abastecimento de água do planeta, sendo extremamente relevante para a população que usufrui de seus serviços ecossistêmicos. Nessa região, originariamente coberta por Mata Atlântica, encontramos condições que tornam urgentes ações de conservação, sobretudo, focando na melhoria do manejo nos processos produtivos e na implementação de projetos de restauração florestal. O Sistema sofreu entre 2013 e 2015 a maior crise hídrica desde sua criação há cerca de 40 anos.
Para o coordenador do projeto, Alexandre Uezu, o prêmio vem em um momento especial, o Dia Mundial da Água – comemorado em 22/03 – é uma data importante para a equipe do Semeando e nas redes sociais do Instituto IPÊ vídeos da equipe do projeto mostram como diversas ações podem ajudar a semear água.
“Esse reconhecimento é muito importante para disseminar as ações de restauração e de implantação de sistemas produtivos sustentáveis que estamos realizando na região do Sistema Cantareira, visando a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, sobretudo a produção de água, pois além de indicar que estamos indo no caminho certo, pode servir de inspiração para outros projetos que visam o desenvolvimento sustentável em outras paisagens”, celebrou Uezu.
Por meio do apoio ao projeto, no último ciclo do projeto foram restaurados 30 hectares e plantadas mais de 50 mil mudas nativas da Mata Atlântica, além de convertidos 70 hectares em pastagem convencional para manejo de pastagem Ecológica e outros sistemas produtivos sustentáveis como sistemas agroflorestais e silvicultura de espécies nativas. Mais de 200 produtores rurais e técnicos foram capacitados nos oito municípios de atuação do projeto e mais de 23 mil crianças das escolas da região foram envolvidas nas ações de educação ambiental.
Ao final do projeto os produtores se tornaram aptos a trabalhar com sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentam a produção, que ajudam a manter os ecossistemas, e que fortalecem a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, que melhoram progressivamente a qualidade da terra e do solo.