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Soldado da PM é detido em Paulínia suspeito de estuprar jovens

O soldado da Polícia Militar (PM), I.P.S.J., de 31 anos, suspeito de estuprar duas jovens e tentar estuprar uma terceira foi preso nesta sexta-feira (16), em Paulínia. Ele foi detido de madrugada, após abordar uma das vítimas, que tem 16 anos, no bairro São José.

Conforme Boletim de Ocorrência (BO), o soldado tentou levar a jovem para dentro de um Ford Fiesta preto, mas ela conseguiu se desvencilhar, sofreu ferimentos leves e acionou a Guarda Civil Municipal (GCM), que localizou o suspeito.

Ele não respeitou ordem de parada, houve perseguição e no caminho atingiu 180 km/h e tentava bater na viatura da Guarda para tirá-la da pista, ainda conforme o relato da corporação. No distrito de Betel, ele bateu em um poste e parou.

Assim que os guardas constataram que era um policial militar, o Capitão e Comandante da corporação da Polícia Militar de Paulínia, Rafael Cambuí, passou a acompanhar a ocorrência.

Acusado e reconhecido por vítimas
Duas mulheres, de 18 e 19 anos, foram chamadas pela corporação e o identificaram. Elas registaram na Polícia Civil, em 17 de dezembro de 2017 e 9 de fevereiro deste ano, que foram abusadas sexualmente na região do Parque Brasil 500 e Praça do Jardim Monte Alegre.

De acordo com a Polícia Civil, o fato dele sempre agir de folga, encapuzado, com uso da arma oficial, carro escuro e no período noturno facilitou na sua identificação como autor de mais dois estupros.

As duas vítimas de estupro passarão por exame para recolhimento de material biológico.

Processo interno
De acordo com o delegado titular da Polícia Civil, Rodrigo Luis Galazzo, as investigações vão continuar, mas por enquanto não há indícios de que ocorreram outros crimes.

A Polícia Civil solicita que vítimas de estupros com características parecidas compareçam à delegacia para reconhecimento.O delegado solicitou à Justiça que seja decretada a prisão preventiva do suspeito.

Para capitão da PM Rafael Cambuí, o soldado tinha comportamento exemplar na corporação, estava lotado em Paulínia havia dois anos. Antes, atuou em Campinas.

O suspeito foi indiciado pelos três casos e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo.

Cambuí mencionou que será aberto um processo interno para verificar as denúncias e, caso comprovadas, o suspeito pode ser expulso da corporação.