Estão na mira as administrações de Edson Moura Junior (MDB), José Pavan Junior (PSDB), Dixon Carvalho (PP), Du Cazellato (PSDB) e Loira (DC)
Na noite desta terça-feira, 7, durante a 8ª sessão ordinária e já de volta ao Plenário reformado, vereadores de Paulínia aprovaram por unanimidade a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar indícios de negligência e denúncias sobre fraudes em contratos do setor de Saúde.
O “pente fino” terá início em 2009, quando Paulínia era administrada por Edson Moura Junior (MDB), e passará pelos governos de José Pavan Junior (PSDB), pelo prefeito cassado Dixon Carvalho (PP) e pelos interinos Du Cazellato (PSDB) e Loira (DC). O foco é investigar se houve fraude em contratos e omissão ou falta de zelo da Prefeitura com a área da Saúde durante o período, o que poderia caracterizar infração político-administrativa por parte do governante à época.
O autor da CEI, vereador Marcelo D2 (PROS), pertence à base aliada do atual prefeito e foi nomeado líder do governo interino na Câmara. Seu pedido de investigação, que determinou o período dos últimos 10 anos, foi estratégico para barrar o requerimento protocolado anteriormente na Casa de Leis, assinado por outros cinco vereadores considerados de oposição – Danilo Barros (PR), Edilsinho (PSDB), Du Cazellato (PSDB), Fábia Ramalho (PMN) e Fábio Valadão (PRTB), que pedia a abertura de uma CP (Comissão Processante) para apurar especificamente o interino Loira, e que poderia cassar seu mandato caso fosse confirmada as suspeitas de infrações político-administrativas.
Agora, com a reprovação da CP e aprovação CEI, Loira não corre o risco de perder seu mandato, já que Comissão Especial de Inquérito investiga, faz apontamentos ao Ministério Público (MP), mas não pede cassação de mandato do investigado.
CP rejeitada
Antes da votação da CEI, pela ordem do dia, os vereadores apreciaram o
pedido de abertura da Comissão Processante. Neste momento, assumiram o posto os
suplentes Daniel Muller (PR), Gibi Professor (PRTB), Maroca (PSDB), Ney do
Transporte Escolar (PMN) e Marcelo Souza (PRTB), já que os parlamentares
autores do pedido não poderiam participar. Os 13 votantes presentes na sessão
rejeitaram por unanimidade o documento.
Os vereadores que se manifestaram, em sua maioria, justificaram a negativa adiantando o voto favorável à CEI (que seria votada em seguida) e ressaltaram que os problemas na saúde municipal se arrastam há anos, sendo injusto a investigação apenas da última e atual administração.