Os vereadores de Paulínia questionaram novamente a administração do prefeito Dixon Carvalho, do PP, durante a 8 ª Sessão Ordinária de terça-feira, dia 8.
Muitos estranharam a atitude dos vereadores, quase depois de 17 meses do governo pepista. É a segunda sessão consecutiva que a administração do Chefe do Executivo é colocada à prova. Dos 14 vereadores presentes, nove usaram a palavra.
O vereador Roberto Aparecido Meschiati, o Kiko Mechiaiti (PRB), justificou a ausência nas últimas três sessões. Alegou problema na coluna. Já Marquinho Fiorella (PSB) faltou à sessão.
Com uma dúzia de servidores, quase todos da diretoria, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Paulínia (STSPMP) levantou cartazes. Durante a sessão, foi lida uma carta aberta à população de Paulínia, direcionada a monitoras, serventes e guardas noturnos (abaixo).
Os vereadores que cobraram a administração do prefeito Dixon Carvalho foram: Tiguila Paes (PPS), Marcelo D2 (PROS), Edilsinho Rodrigues (PSDB), Kiko Meschiati (PRB), Fábia Ramalho (PMN), Zé Coco (PV), Fábio Valadão (PRTB) e Flávio Xavier (PSDC).
Por outro lado, o vereador Manoel Filhos da Fruta (PCdoB), em seu primeiro mandato, fez um balanço da sua chegada à Paulínia e disse que só não passou fome graças à cesta básica que recebia do Caco (Centro de Ação Comunitária de Paulínia), que ficou fechado durante os 20 meses da administração do ex-prefeito Edson Moura Júnior (MDB). Ele também pediu para pararem de vigiar a sua vida.
O vereador Marcelo Penha de Souza Ferraz, o Marcelo D2, do PROS, pediu para Dixon Carvalho, do PP, mostrar trabalho. “O meu primeiro ano como vereador, usei como discurso que você tinha que arrumar a casa, tempo para você sentar na cadeira e ver como que andava a cidade. Prefeito, abre o olho, quase um ano e meio de administração, agora não tem mais discurso. É levantar a cabeça e mostrar trabalho para população”, disse Marcelo D2.
Já o vereador Edilson Rodrigues Júnior, o Edilsinho, do PSDB, focou o trânsito e informou que a Prefeitura só tem o projeto básico da ponte do Monte Alegre/João Aranha. “Tudo o que eu vi e conheço, fazendo as contas da licitação e licenciamento ambiental, a ponte não sai nesta administração. Temos vários problemas graves na cidade e o maior deles é o trânsito para as pessoas que moram na região do João Aranha. Eu não consigo ver que após um ano e cinco meses, o governo não tem um plano de trabalho, de resolver os problemas que a cidade tem. Fazer as coisas andarem para que a população tenha uma qualidade de vida melhor, que esse é o objetivo de todos nós”, destacou Edilsinho.
Para o vereador Kiko Meschiati, que não comparecia há três sessões, não tem nada de novo do atual “desgoverno”. “Ouvindo os meus colegas que me antecederam, não tem nada de novidade pra mim. Eu venho falando que esse desgoverno desde o princípio não ia dar certo, começou errado e não ia terminar bem”.
Silêncio
Rodrigo Pavane ficou em silêncio durante toda a sessão, pois a Câmara recebeu um grupo grande de moradores nesta terça-feira, futuros trabalhadores por 60 ou 90 dias das empreiteiras da Petrobras, que já começam a trabalhar na segunda quinzena de maio. A maioria pais de família, muitos desempregados há meses. Boa parte dessas vagas foi negociada pelo gabinete do vereador Kiko Meschiati, com respaldo da presidência.
Sindicato
Os poucos integrantes do Sindicato, a maioria da Diretoria, abandonaram a sessão bem antes do término. Cartazes e faixas foram enroladas e uma romaria seguiu rumo à saída de acesso ao plenário principal, escadas, saguão e porta principal do pátio externo.
Carro de som
Antes da Câmara liberar o acesso ao plenário principal, um carro de som, provavelmente do sindicato, falava mal da gestão do prefeito Dixon Carvalho (PP) e as barbaridades que vem cometendo contra a cidade, mas o foco principal era o descaso ao funcionário público, promessas prometidas e parcialmente cumpridas.
Pessoa pública
Já o vereador Manoel Barbosa de Souza, o Manoel Filhos da Fruta (PCdoB), tem que entender que, a partir do momento que se candidatou a um cargo público e foi eleito, a sua vida passa a ser pública. Todos devem e podem questionar a sua conduta, isso se refletir principalmente na sua postura como legislador da cidade.
Projetos aprovados
O Legislativo aprovou o veto parcial feito pelo prefeito Dixon Carvalho (PP) no Projeto de Lei 9/2018, que autoriza o Executivo a firmar convênios com 9 órgãos públicos ou entidades de direito privado com a cessão de recursos humanos. Ainda aprovou sete Projetos de Leis, sendo um de autoria do presidente da Casa de Leis, Du Cazellato (PSDB), outro do parlamentar Kiko Meschiati (PRB), um da Mesa Diretora e os demais do Executivo, além de 34 Requerimentos e 3 Moções, também aprovados.